Crise? Que crise é essa, prefeito?

Aluízio cuida de 240 mil moradores e tem R$ 2 bilhões para isso, enquanto Neilton governa uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes e não vai arrecadar mais que R$ 1 milhão este ano

Macaé já arrecadou este ano mais de R$ 2 bilhões, mais que o dobro da receita de São Gonçalo, município quatro vezes maior em termos de população

Com cerca de 240 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE, o município de Macaé, no Norte Fluminense, arrecadou, entre 1º de janeiro e 15 de novembro deste ano, R$ 2 bilhões e ainda assim o prefeito Aluízio dos Santos Júnior reclama de um déficit de R$ 200 milhões. A choradeira do prefeito de uma das cidades mais ricas do Brasil choca moradores de municípios como São Gonçalo, na Região Metropolitana, que tem quase 1,050 milhão de moradores e uma previsão de receita fixada em R$ 1,2 bilhão no orçamento aprovado para este ano, mas que não deverá chegar a R$ 1 bilhão, o que está levando o prefeito Neilton Mulim ao desespero. Se o prefeito Aluízio Junior lamenta o déficit gerado pela redução nos repasses dos royalties, Mulim arranca os poucos cabelos que lhe restam, pois sua cidade tem quatro vezes o universo populacional de Macaé e dez vezes mais problemas.

Basta analisar os números para constatar que o lamento de governante macaense pode ser considerado exagero diante da realidade de outros municípios bem maiores. Se perdeu R$ 200 milhões com os royalties e a crise na atividade offshore, Macaé ganhou R$ 102 milhões a mais de Imposto Sobre Serviços. A previsão para este ano em relação ao ISS era de R$ 500 milhões, mas o município já arrecadou R$ 602 milhões com esse tributo este ano e recolheu quase R$ 10 milhões além do previsto com o Imposto Predial e Territorial Urbano.

Segundo os registros da Prefeitura, Macaé arrecadou a mais com o ISS e o IPTU. Foram R$ 602.174.024,00 de Imposto Sobre Serviços quando esperava R$ 500 milhões e R$ 39.898.362,83 de IPTU quando previa R$ 30.075.601,97.  O sistema mostra que município arrecadou ainda R$ 12.979.423,97 de ITBI, R$ 6.780.025,74 em taxas, R$ 6.938.650,43 com tributos referentes a exportação, R$ 316.968.241,66 de ICMS e R$ 21.675.613,97 de IPVA.

Comentários:

  1. Essa choradeira dele era para ele não ter que arcar com os compromissos da cidade ou valorizar os servidores. Mas os cargos de assessoria não para de crescer. O desperdício e incoerência com gastos também não!

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