
Com novo presidente, Cisbaf vai buscar o que é devido para manter a rede de atendimento médico da região funcionando
O município de Magé é um dos poucos no estado que não fechou unidades de atendimento médico por conta da crise, embora esteja recebendo repasses a menos e praticamente arcando sozinho com o custeio da Unidade de Pronto de Atendimento de Piabetá, devido ao atraso nos repasses. Em São João de Meriti, Belford Roxo e Mesquita os prefeitos Sandro Matos, Dennis Dauttman e Gelsinho Guerreiro estão contando centavos, enquanto que em Duque de Caxias, Nilópolis e Nova Iguaçu a saúde parece doente, acometida pelos males da falta de recursos. Essa é a realidade que o prefeito mageense, Nestor Vidal, terá de enfrentar a partir de janeiro quando, de fato, assumirá a presidência do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense (Cisbaf), em substituição a Nelson Bornier, prefeito de Nova Iguaçu. “O custeio das UPAs está pesando bastante nas contas dos municípios, sem contar a redução nos repasses do Ministério da Saúde e do governo estadual”, pontua Nestor Vidal.
Durante a semana o fechamento do Hospital da Mulher para novas internações pegou o prefeito de São João de Meriti de surpresa. Sandro Matos só soube do fechamento do ambulatório horas depois. Em Belford Roxo a falta de dinheiro para os salários afeta em cheio o Hospital Infantil, problemas que o Cisbaf vai ter de ajudar a resolver e o novo presidente tem plena consciência disso. “Vamos procurar o ministro Marcelo Castro (Saúde) e o secretário estadual de Saúde (Luiz Antonio Teixeira Junior assume em janeiro) para definir as parcerias que já ajustamos com os prefeitos da região. O setor está fragmentado por causa da falta de dinheiro e temos de debater isso com o ministro, pois a Baixada e os seus projetos não podem ser abandonados mais uma vez”, concluiu Nestor Vidal.
Um dos desafios do Cisbaf será garantir o funcionamento da UPA de Seropédica, que está pronta e equipada desde janeiro, mas ainda não entrou em funcionamento por falta de recursos para a manutenção e os salários das equipes de atendimento. A unida precisa de R$ 1,5 milhão por mês para começar a funcionar e existe a previsão de inauguração para janeiro, mas a fonte de custeio ainda não está definida.
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Queria ver a petralhada sofrendo nas filas dos hospitais público.
Que me perdoem os mageenses mas o grifo desta noticia destaca a saude de Mage e a projeção do Prefeito na gestão eficiente de area tão critica.
Em que cidade você vive Antônio? A saúde em Magé passa pelos mesmos problemas de todo o Brasil.