Nem todos os contratados deverão retornar às salas de aula este ano

Depois de amargarem dois meses sem salários, cerca de 600 profissionais de ensino contratados temporariamente pela Prefeitura de Itaboraí em 2015 estão temerosos, pois não sabem se retornarão às salas de aula este ano, É que a Prefeitura alega falta de recursos para garantir os vencimentos dos temporários e dos terceirizados. O município vem pagando em dia apenas os professores efetivos, pois para isso existem os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e nas duas últimas semanas de dezembro os temporários fizeram várias manifestações contra a falta de pagamento, mas sequer foram recebidos pelo prefeito Helil Cardoso, que mandou um representante fazer isso e prometer que os meses vencidos seriam pagos.

Ao longo do ano passado, quando a receita do município caiu pela metade, a Prefeitura fez vários cortes de temporários e terceirizados, o que sobrecarregou os servidores que restaram, ocasionando falta de professores em várias unidades de ensino, situação que pode tornar-se ainda pior este ano, uma vez que a Secretaria de Educação não pretende renovar todos os contratos.

De acordo com uma fonte ligada ao governo, dos 600 temporários cerca de 200 não deverão retornar às salas de aula. “Não há dinheiro para garantir os salários. Isso é fato. É lamentável que um trabalhador que dê o melhor de sim não receba o salário no fim do mês, mas essa é a realidade que estamos vivendo hoje. Está faltando dinheiro e sem dinheiro ninguém paga ninguém”, disse a fonte, acrescentando que as renovações que acontecerem “serão definidas através de um ranking de qualificação e experiência”.