
Mas a rede de atendimento está em estado de agonia: faltam médicos e medicamentos
Segundo o prefeito Alair Corrêa o setor de saúde em sua cidade está mal por falta de recursos, mas não é isso que registra o Ministério da Saúde no Portal de Transparência do governo federal, que aponta um volume bem maior de repasses para o município de Cabo Frio em 2015 em relação ao ano anterior, mostrando uma diferença, para cima, de mais de R$ 10 milhões. Segundo os registros do governo federal, os repasses para procedimentos de média e alta complexidade, dos pisos de atenção básica fixo e variável somaram mais de R$ 58 milhões no ano passado, contra os R$ 48.379.155,32 de 2014. O caos na rede municipal de saúde levou o Ministério Público a interferir no sentido de levar a Justiça a obrigar a Prefeitura tomar providências para garantir o funcionamento da Unidade de Pronto Atendimento do bairro Parque Burle e o Hospital São José Operário, mas a situação permanece crítica.
De acordo com os registros do Ministério da Saúde no ano passado o município recebeu R$ 48.041.750,73 para procedimentos em média e alta Complexidade, mais R$ 4.294.334,00 do Piso de Atenção Básica Fixo e R$ 6.168.263,71 do Piso de Atenção Básica Variável, chegando ao total de R$ 58.504.348,44. Em 2014, apontam os registros, as mesmas contas receberam, respectivamente, R$ 37.643.751,20, R$ 4.684.728,00 e R$ 6.050.676,12, o total de mais de R$ 48 milhões.
Segundo reclamam moradores de Cabo Frio, o atendimento nas unidades municipais de saúde está a cada dia pior. Os funcionários do setor revelam que tem faltado materiais e vários itens de medicamento na farmácia básica e até mesmo no Hospital São José Operário, sem que a Secretaria Municipal de Saúde tome as providências necessárias.
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