Baixada teme queda maior de recursos em 2016

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Proporcionalmente Guapimirim foi o município que mais perdeu no ano passado e Queimados o menos atingido. Em dinheiro a perda foi maior para Caxias: menos R$ 70 milhões

A maioria dos prefeitos da Baixada Fluminense começou o ano a contando centavos para pagarem o salário de dezembro e o décimo terceiro e até ontem alguns deles não havia conseguido sequer quitar dezembro, mas já estão atentos para outra ameaça aos cofres de suas prefeituras: os repasses constitucionais que os governos estadual e federal são obrigados a fazer podem ser ainda mais reduzidos durante o exercício de 2016 e os municípios terão de ajustar ainda mais suas máquinas administrativas se quiserem manter pelo menos os serviços básicos. A estimativa, segundo os secretários de Finanças da região, é de que as perdas ao longo deste ano sejam 8% maiores que as verificadas nos 12 meses de 2015.

Em 2014 Belford Roxo recebeu o total de R$ 283.883.906,54 em recursos federais e os repasses do ano passado somaram R$ 247.479.571,09, R$ 36.404.335,45 a menos, uma queda de 12%, enquanto Duque de Caxias teve um corte de R$ 70.376.894,28, uma redução de 13%, sendo o primeiro município em dinheiro e o terceiro em proporção: foram R$ 516.749.927,21 em 2014 e R$ 446.373.032,93 em 2015. Com pouco mais de 50 mil moradores, Guapimirim é o município com o menor universo populacional da região. Tem a máquina pública menos pesada, mas mesmo assim está atolado em dívidas: as perdas com recursos federais chegaram a 23%, uma diferença de R$ 23.685.332,36 de um ano para o outro: R$ 99.403.751,55 em 2014 e R$ 75.718.419,19 em 2015. Na contramão da crise, mesmo com uma perda de 8% nos repasses federais, o município de Japeri, o mais pobre da Baixada Fluminense, não pretende quebrar a tradição do reajuste anual de salários implantado em 2009 pelo prefeito Ivaldo Barbosa dos Santos, o Timor. A cidade recebeu R$ 8.661.674,38 a menos do governo federal no ano passado em comparação com 2014, quando os repasses somaram R$ 101.301.855,05, contra os R$ 92.640.180,67 de 2015.

Na proporção e no dinheiro Magé é a segunda cidade que mais teve perdas em 2015, chegando a 17% nos recursos federais. Em 2014 a Prefeitura recebeu da União R$ 220.704.569,97 e R$ 182.677.585,61 no ano passado, R$ 38.026.984,36 a menos, enquanto a Prefeitura de Mesquita perdeu 11%, tendo recebido R$ 117.165.987,37 em 2014 e R$ 103.532.530,82 em 2015, uma diferença de R$ 13.633.456,55, enquanto as perdas de Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São João de Meriti e Serópedica ficaram em 6,9%, 6%, 11%%, 4,9%, 8,7 e 10% respectivamente.

O município de Nilópolis arrecadou menos R$ 8.661.790,22 (R$ 124.896.182,58 em 2014 e R$ 116.234.392,36 em 2015), Nova Iguaçu R$ 31.234.024,54 (R$ 516.624.258,59 em 2015 e R$                 485.390.234,05 em 2015), Paracambi R$ 8.117.087,11 (R$ 72.427.073,37 em 2014 e R$ 64.309.986,26 em 2015), Queimados R$ 6.441.641,52 (R$ 129.158.795,37 e R$ 122.717.153,85 em 2015), São João de Meriti R$ 18.061.319,22 (R$ 205.696.875,06 em 2014 e R$ 187.635.555,84 em 2015) e Seropédica R$ 8.464.619,60 a menos (R$ 81.258.859,66em 2014 e R$ 72.794.240,06 no ano passado).

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