Em Magé seis cadeiras podem mudar de dono e alterações podem ocorrer também em outras cidades

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma os trabalhos hoje já com uma pauta intensa, com processos ainda referentes a registros de candidaturas nas eleições municipais do ano passado, o que pode alterar o quadro em várias cidades. Só no estado do Rio de Janeiro 27 cadeiras de vereadores podem mudar de dono e o município de Magé – essas ações ainda estão sendo examinadas em primeira instância – lidera com seis parlamentares pendurados. Até agora estão com audiências marcadas os vereadores Eliane Sepúlveda, Eduardo Domingues Marques (PMDB) e Geraldo Cardoso Gerpe, o Geraldão (PSB), mas outras ações propostas pelo Ministério Público Eleitoral deverão ter datas confirmadas nos próximos dias, o que além de tirar o sono dos atuais mandatários, gera instabilidade política no município, porque fica impossível saber qual será a formação do plenário daqui a algum tempo.

Como construir uma base de apoio, por exemplo, se houver alterações no quadro já formado – como aconteceu com a saída de Marcelle Cozzolino – é uma preocupação que o prefeito Nestor Vidal (PMDB) deve ter. Hoje conversei com ele sobre isso e percebi que a instabilidade realmente lhe preocupa, mas vi também que ele não está disposto a construir uma governabilidade a qualquer custo. “Esse quadro de possíveis alterações nos mostra que em Magé a política e a democracia estão em processo de amadurecimento. Essa instabilidade política na Câmara preocupa sim, mas precisamos ter jogo de cintura e maturidade suficientes para defendermos o melhor para Magé, independente de quem estiver na cadeira de vereador ou de qual for a sua cor partidária. Hoje converso sobre os interesses do povo com a composição que temos e amanhã com a qual tivermos. O que não podemos é sair do foco, fugir da proposta de um rumo melhor para a nossa cidade”, me disse o prefeito.