Pré-candidatos não querem ser ligados ao PT

Rodrigo Neves, Zaqueu Teixeira e Marcelo Zelão se abrigaram em outras legendas para o pleito deste ano

Mas aceitam, na encolha,apoio que puderem auferir

O deputado estadual Zaqueu Teixeira é petista desde que ingressou na vida pública. Adorava aparecer ao lado do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Roussef, mas como esses dois caíram em desgraça e o PT já é considerado um Titanic, ele tratou de descer da árvore. Teixeira, que foi chefe da Polícia Civil no desastroso governo de Benedita da Silva, embarcou no PDT e pretende disputar a Prefeitura de Queimados, município da Baixada Fluminense governado pelo PMDB desde a sua emancipação. Rodrigo Neves também era, até poucos dias, um colecionador de fotografias tiradas com Lula e Dilma, mas, a exemplo de Zaqueu, pulou fora do naufragado Partido dos Trabalhadores para poder cuidar da vida e da reeleição em Nitrerói. O mesmo aconteceu na minúscula Silva Jardim, cidade do interior, onde o ex-prefeito Marcelo Zelão, se a Justiça deixar, pretende disputar o poder, sem, desta vez, mostrar foto autografada pelo companheiro Lula.

 

O que se percebe nos movimentos pré-eleitorais é que ninguém quer ser visto como petista. Zaqueu, por exemplo, quer o apoio de ex-correligionários, mas não a presença deles nos palanques. Em Niterói, de acordo com fontes ligadas ao comando estadual do PT, a saída de Rodrigo Neves teria sido costurada da seguinte forma: “Saia, entra para o PV que nós te aponhamos por fora e depois nos garante pelo menos duas secretarias e uns 100 cargos no segundo escalão”. Na pobrezinha Silva Jardim, diante do que o rico município de Niterói pode proporcionar, o acordo teria sido mais modesto, mas não teria deixado de correr: se o ex-petista Marcelo Zelão conseguir vencer a disputa pela Prefeitura, seu maior apoiador, o prefeito de Maricá Washington Quaquá, não deverá ficar sem o seu quinhão no governo.

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