
Choque de ordem e “banho de loja” vão humanizar Piabetá
A Rua Guarani liga o centro de Piabetá a vários sub-bairros e trafegar por ela é uma tarefa quase impossível. Veículos ficam estacionados nos dois lados da via que é de mão dupla, prejudicando pedestres e os motoristas mais conscientes. Mais movimentada ainda, a Avenida Santos Dumont – que faz a ligação com a BR-116 – registra uma situação pior. É o caos urbano verificado há décadas ao bairro que é a “capital” do sexto distrito de Magé, o maior em população, eleitores, comércio e, consequentemente, em problemas, mas essa bagunça, garante o prefeito Nestor Vidal, “está com os dias contados”.
“Nós vamos dar um choque de ordem em todo o centro de Piabetá, dar uma arrumação na casa e humanizar o espaço público. Vamos por em prática um conjunto de ações envolvendo as secretarias de Serviços Públicos, Obras, Transporte e Segurança Pública”, disse o prefeito.
Com cerca de 100 mil habitantes Piabetá é o retrato fiel do caos urbano, graças ao desordenamento patrocinado há anos pelo próprio poder público, com a omissão e a falta de projetos ao longo de mais de uma década. A Avenida Santos Dumont, por exemplo, oferece pouco espaço nas calçadas e a situação fica muito pior na altura da Praça Sete de Setembro. Nesse trecho uma “arapuca” nominada de parque de diversões ficou instalada por mais de oito anos, tomando grande extensão do logradouro público. No final de 2011 o “parque” foi retirado pela Secretaria de Serviços Públicos.
A última grande obra realizada em Piabetá aconteceu em 1999, na gestão do prefeito Nelson Costa Mello. A Praça Sete de Setembro foi remodelada, ganhou mais espaço, inclusive uma área de alimentação com vários quiosques. Por falta de atenção do poder público o projeto original está todo descaracterizado, pois os comerciantes instalados no local passaram a ocupar um espaço muito maior do que o que eles têm direito de explorar. Os quiosques ganharam “puxadinhos” e a desordenação é total.
Além de melhorar o centro da localidade o prefeito anuncia que pretende ainda modernizar o terminal rodoviário, que foi construído 1985 pelo prefeito Renato Cozzolino aproveitando o espaço aberto com a canalização do Rio Caioaba. “Nós vamos acabar com aquela expressão de decadência que se verifica hoje”, completa o prefeito.