Lindberg depende da Justiça para ser candidato

Senador tem condenação em segunda instância por improbidade administrativa

Pré-candidato ao governo do Rio pelo PT e praticamente já em campanha, o senador Lindberg Farias pode estar apenas jogando para a plateia. É que, em outubro do ano passado, ele foi condenado a cinco anos de suspensão de seus direitos políticos por ter contratado, sem licitação, uma empresa para fazer manutenção de iluminação pública em Nova Iguaçu, em 2005, quando prefeito. Farias só conseguirá registrar sua candidatura se essa decisão for derrubada no Supremo Tribunal Federal (STF).  A condenação foi proferida pela 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio.

Além de já enquadrado na Lei da Ficha limpa, Lindberg, que é o prefeito mais processado da história do município de Nova Iguaçu, está respondendo por formação de quadrilha, crimes de responsabilidade, contra o sistema financeiro e corrupção. A denúncia por formação de quadrilha foi feita em fevereiro deste ano pelo procurador geral da República, Roberto Gurgel. Refere-se ao rombo de cerca de R$ 400 milhões causado nos cofres do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Nova Iguaçu (Previni). Esse caso registra ainda o crime contra o sistema financeiro, desvio e malversação de recursos públicos.

A passagem de Lindberg Farias por Nova Iguaçu foi marcada por escândalos e denúncias de corrupção envolvendo, inclusive, membros da família dele. Farias já teve os bens bloqueados pela Justiça em vários processos, o mesmo ocorrendo com colaboradores que atuaram como secretários em seu governo. 

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