
Denúncia revela que kombis circulam sem tacógrafo
Quanto a Prefeitura está gastando com o transporte escolar, onde e quando os motoristas foram preparados para transportar os estudantes da rede municipal de ensino e quem são os verdadeiros donos dos veículos que prestam esse serviço na cidade. Esses são alguns dos esclarecimentos que a Prefeitura de Silva Jardim terá de prestar à Câmara de Vereadores onde, na próxima segunda-feira, será apresentado requerimento para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para apurar denúncias de irregularidades sobre esse serviço, que é feito por kombis particulares locadas através de uma empresa contratada pela Prefeitura.
O pedido de CPI será protocolado pelo vereador Flávio Eduardo da Costa Brito. Segundo ele, há informações de que as kombis estariam circulando sem tacógrafos e não estariam sendo fiscalizadas pela contratante. Ainda segundo o vereador, a empresa contratada pela Prefeitura seria controlada por um cunhado do secretário de Planejamento, Matheus Rodrigues da Costa Neto, ex-vice-prefeito de Rio Bonito.
Até a última quarta-feira, dia em que aconteceu o acidente com um ônibus escolar na cidade – que matou dois alunos e feriu outros 20 -, as kombis circulavam sem qualquer identificação de que estavam transportando estudantes. Na tarde da última quinta-feira três delas foram flagradas na Rua Miguel Pereira, no centro da cidade, sendo plotadas com as faixas amarelas laterais exigidas por lei. “Temos muitas informações de irregularidades e vamos passar isso a limpo. Existe denúncia de que até a mãe do secretário de Transportes (Fernando Alexandre Gimenez) estaria dirigindo uma dessas kombis. Também chegou ao nosso conhecimento que o contrato é seria para 20 veículos, mas somente 15 estariam circulando. Vamos apurar tudo isso”, completou Flávio.
O secretário Fernando Alexandre, que é primo do prefeito Anderson Alexandre, não foi encontrado para falar sobre o assunto.