Depois de derrubar  “monarcas” Cida diz que faxina vai continuar

O “cerol” fininho vai ficar preparado, pronto para ser usado a qualquer momento. É que diias após ter colocado um ponto final na hegemonia de Célio Gammaro e Mauro Pantel, que há quase uma década davam as cartas na administração de Porto Real, a prefeita Maria Aparecida Rocha, a Cida (PDT) fez valer seu sobrenome e declarou que pretende continuar a promover as mudanças necessárias para que a cidade “se liberte daqueles que perderam o verdadeiro foco do funcionalismo público, que é servir ao povo”. Os dois ex-membros do primeiro escalão caíram no final dia 29 e maio, dois dias após o elizeupires.com concluir uma série de matérias com denúncias sobre contratos estranhos firmados pela municipalidade. Antes de exonerar a dupla a prefeita instaurou uma sindicância para analisar os contratos assinados pela Prefeitura nos últimos meses. A decisão de Cida teve repercussão favorável na cidade, mas outras mudanças na administração ainda são esperadas pela população em função de algumas pessoas ligadas à dupla ainda estarem à frente de cargos importantes e em áreas consideradas estratégicas do governo. É o caso, por exemplo, de Kamal Jamil Ibrahiml, braço direito de Célio, que ainda exerce o cargo de diretor de licitação.

A queda de Célio Gammaro da secretaria de Administração e Fazenda e de Mauro Pantel da Controladoria Geral também teve influência em Itatiaia, outra cidade da Região das Agulhas Negras, no Sul Fluminense. Figuras pouco conhecidas da população, embora sejam carimbadas no meio político, os dois são colocados entre os principais promotores do ex-prefeito daquela cidade, Almir Dumay (PR). Depois de passarem por prefeituras da Baixada Fluminense, Célio e Mauro fizeram parte do “quarteto de ouro” do governo de Almir (1997-2004), que também reunia os nomes do super secretário Vitor Marcio e Kamal Ibrahim Jamil, que ainda exerce o cargo de diretor de licitação em Porto Real.

Cida disse que “a alternância de poder é essencial para a legitimidade do regime democrático, mesmo em relação aos cargos não eletivos”. Ela acrescentou ainda que não irá tolerar excessos, dando a entender que poderá fazer mudanças a qualquer momento no governo municipal, sempre que necessário.