Esperando a ordem do patrão?

Inércia do prefeito de Guapimirim gera questionamentos

A situação de inércia da administração municipal de Guapimirim e a letargia que acomete o prefeito Marco Aurélio Dias (PSDC), já estão irritando a população do município, onde nada – reclamam algumas lideranças comunitárias – acontece. O governo está parado, um contra-senso, se levada em conta a quantidade de mandachuvas que desde o dia 1º de janeiro vem se dizendo caciques, comportando-se como se a cidade fosse uma aldeia e ignorando os interesses dos seus habitantes. No início, entre os mandões estavam o pastor Ricardo de Oliveira Almeida, o chefe de gabinete Getúlio Jorge Braga Gonçalves (braço direito do ex-prefeito Renato da Costa Mello Junior, o Junior do Posto) e um empresário identificado como Ramon (também muito próximo ao ex-prefeito). Atualmente, revela uma fonte ligada ao governo, as cartas estariam sendo dadas pelo chefe de gabinete e, em alguns assuntos, pelo tal empresário. O fato, prossegue a fonte, é que “o prefeito vem sendo apenas uma figura decorativa”.

“Parece que o Marco Aurélio (o prefeito) ainda está pensando que é empregado da Família do Posto. É um bom homem, uma pessoa honesta, mas não tem o pulso necessário para governar a cidade. É como se sentisse na obrigação de ficar agradecendo o tempo todo a rápida ascensão e ai fica se comportando como se ainda fosse empregado da família, hoje representada pelo ex-prefeito Júnior do Posto, que tem muita força no governo e nele se faz representar por pessoas de sua inteira confiança”, completa a fonte.

Sem oposição na Câmara de Vereadores, Marco Aurélio ainda não bateu de frente com nenhuma dificuldade, mas essa tranquilidade parece estar com os dias contados. “Ele teve seis meses para mostrar uma identidade de governo, explicitar ações. Até agora não vimos nada e a Câmara não poderá ficar indiferente a isso”, me disse ontem um membro da Casa, que lembra muito bem do dia em que o hoje prefeito foi chamado para ser candidato a vice na chapa de Junior do Posto, em 2008. “Marquinho estava carregando um caminhão quando foi chamado às pressas pelo Seu Renato (Renato da Costa Mello, o Renato do Posto) par ir fazer a foto que constaria do registro da chapa. Essa foi a última vez que ele dirigiu um caminhão na vida e talvez seja por isso que ainda se comporte dessa forma. Só que ele precisa saber que hoje é o prefeito da cidade. Foi eleito para governar e não para ser governado”, disse.

 

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