Grupo chegou a sofrer assédio nas ruas de Nova Friburgo
O que foi divulgado como um encontro para discutir – entre outros temas relevantes – a valorização dos profissionais de ensino, a etapa intermunicipal da Conferência Nacional de Educação (Conae), realizada nos dias 3 e 4 deste mês em Nova Friburgo, com a participação de representantes de 16 municípios, foi marcado pela situação de constrangimento e humilhação imposta a um grupo de professores. Formado por representantes de Guapimirim, São José do Vale do Rio Preto, Santa Maria Madalena e São Sebastião do Alto, o grupo reclama que foi hospedado em um prostíbulo, embora a empresa contratada pelo Fórum Estadual de Educação (FEE) para organizar o evento, tenha recebido o suficiente para garantir acomodações em um hotel de verdade, com conforto e segurança.
A denúncia foi encaminhada ontem ao elizeupires.com, dando conta de que a empresa AMBP Promoções e Eventos Empresariais, sediada na Rua Guilherme Bannitz, 126, no bairro Itaim Bibi, em São Paulo, escolheu para esse grupo o Hotel VCP, no bairro Conselheiro Paulino, estabelecimento que seria ponto de prostitutas. Assinada por 22 profissionais de ensino, a denúncia revela que “o ambiente era inadequado e oferecia risco à integridade física e moral dos hospedados”. Diz ainda que “várias professoras foram abordadas por homens nas ruas” e que só entenderam a razão do assédio depois de informadas de que o local era reservado por prostitutas para encontrarem seus clientes.
Os temas “Financiamento da educação, gestão, transparência e controle social dos recursos”; “Valorização dos profissionais da educação: formação, remuneração, carreira e condições de trabalho”; “O Plano Nacional de Educação e o Sistema Nacional de Educação: organização e regulação”; “Educação e diversidade: justiça social, inclusão e direitos humanos”; “Educação, trabalho e desenvolvimento sustentável: cultura, ciência, tecnologia, saúde e meio ambiente”; “Qualidade da educação: democratização do acesso, permanência, avaliação, condições de participação e aprendizagem”; e “Gestão democrática, participação popular e controle social” fizeram parte da programação, mas o que esses professores instalados no prostíbulo receberam mesmo foi uma aula de desrespeito por parte da empresa organizadora e do FEE, que até agora não se pronunciou sobre o caso.