A matéria “Histórico de assassinatos volta a preocupar em Magé”, veiculada domingo pelo elizeupires.com, dando conta de que membros da Câmara Municipal com desejo de retornar à base do governo, estariam com medo de represálias violentas, teve grande repercussão na cidade e fora dela. Nas últimas 24 horas foram recebidas cerca de 1,5 mil mensagens acaloradas, refletindo a indignação de um povo que lutou contra a opressão de anos e não mais aceita que uma minoria interessada em transformar o poder em balcão de negócios, vença, no grito, a esperança de dias melhores. Magé, queira ou não os defensores do quanto pior melhor, vive um novo tempo, inclusive com o povo se sentindo livre para se manifestar, se fazer ouvir; com os seus escolhidos como representantes à vontade para proporem CPI e requerimentos de informação, o que deveria ser muito comum e saudável, mas soava como afronta aos ouvidos dos que, até bem pouco tempo, se achavam donos da cidade.
É esse novo momento que defendemos e queremos ver perdurar, pois isso é legítimo. O que a sociedade não aceita é a imposição. Se algum dos membros dessa Casa Legislativa quer retroceder ele tem o direito de assim proceder e ninguém pode impedir que ele o exerça. A Câmara de Vereadores é o foro legítimo para o debate direto, é a instituição competente para fiscalizar os atos do Poder Executivo e essa inquestionável prerrogativa tem de ser observada sempre. Só que, no momento em que pessoas com um passado nada recomendável se arvorem de defensoras dos interesses do povo e gritam que vão fazer e acontecer, queira seus pares ou não, essa legitimidade muda de figura e o que poderia ser crível passa a ecoar como duvidoso.
Esses ainda não perceberam que a história de Magé começou a ser reescrita no dia 31 de julho de 2011 com a eleição suplementar, quando o povo resolveu dar um basta a um monte de coisas ruins que lhe atribulavam. Então esse mesmo povo precisa estar atento agora, pois nem todos os que lhe dizem representar o estão fazendo, pois acham que foram eleitos para se servirem do município e não para a ele servir.