Dinheiro da Saúde jogado fora em Itaboraí

Prefeitura torra mais de R$ 100 milhões com ong e vereadores fazem cara de paisagem

Os moradores de Itaboraí nunca ouvi- ram falar no Instituto Nacional de Assistência a Saúde e Educação (Inase) – uma organiza- ção não governamental com sede na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio -, contratada pe- lo ex-prefeito Sérgio Soares para administrar o Hospital Municipal Desembargador Leal Jú- nior que, segundo os que lá buscam socorro médico, “vai de mal a pior”. Porém, apesar da precariedade no atendimento hospitalar, o Inase já faturou mais de R$ 100 milhões, 70% desse total, na gestão atual. Ao todo, em um ano, foram pagos à instituição exatos R$ 104.17.339,00, R$ 31.915,339,00 no segundo semestre de 2012 e R$ 72.202.000,00 no pri- meiro semestre deste ano, o que comprova que o prefeito Helil Cardozo – que na campa- nha criticava o contrato e prometia anulá-lo – não só deixou de cumprir a palavra como dobrou o faturamento do instituto.

O Inase se apresenta como um instituição que tem a missão de “melhorar a vida das pessoas, proporcionando serviço de saúde humanizado e resolutivo, e gerenciando pela qualidade total e uso racional dos recursos disponíveis”, com a visão de ser “a mais bem conceituada instituição de saúde do Brasil, tornando-se a principal referência nacional em gestão hospitalar e humanização da saúde”, mas a julgar pelo atendimento no hospital de Itaboraí, essa organização está muito longe de atingir seus objetivos. A situação do HMDLA mostra que o Inase faturou alto e não fez nada, tendo o contribuinte assistido seu dinheiro sendo jogado fora. Na Prefeitura o assunto é tratado como segredo de estado e na Secretaria de Saúde, o secretário Edilson Francisco dos Santos nunca é encontrado para explicar os pagamentos ao instituto, injustificai, segundo alguns moradores, já que os usuários do hospital reclamam bastante do atendimento dispensado.

Pelos valores despendidos pela Prefeitura em favor do Inase, conclui-se que além de nada fazer para resolver o que é visto como um grande problema, o prefeito dobrou a fatura, passando de cerca de R$ 2,7 milhões mensais para quase R$ 6 milhões, sem que a Câmara de Vereadores tome qualquer providência. Helil tem o apoio da ampla maioria dos 15 membros do Poder Legislativo, que é presidido pelo vereador Marcos Antônio Oliveira de Araújo, que, segundo afirmam alguns assessores da Casa, obedeceria a ordens dos vereadores Deoclécio Machado e Lucas Borges, os mais próximos do prefeito e responsáveis pela blindagem de Helil, livrando-o de qualquer tentativa de investigação e fiscalização por parte da Câmara.

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Comentários:

    1. Em primeiro lugar gostaria de dar os parabéns ao elizeu.com pela coragem emlevantar mais esse escândalo com o dinheiro público, e em seguida dizer a Dulce que em todas as cidades a Câmara serve para isso, ou seja, para que os vereadores a transformem em balcão de negócios. No mais, para que serve uma Câmara mesmo?! Agora, a culpa sem dúvida nenhuma é do povo que vota e faz vista grossa para os desmandos de seus eleitos. Porque não pede para que saiam?! Vão para as ruas, façam abaixo assinado, tirem esses patifes que desonram a função pública para a qual foram legitimamente eleitos.

  1. Estamos muito bem arranjados por aqui. Esse Helil vai acabar saindo algemado da Prefeitura. E na Câmara, se gritar pega não fica um vereador em plenário.

  2. Acho que vocês não tem ido na Câmara ultimamente. Esta questão do Inase tem sido colocada há várias Sessões pelo vereador Alzenir. Não o conheço, mas parece que ele é o único da oposição, porque tem denunciado várias irregularidades na prefeitura. Vamos acompanhar para saber se ele realmente é uma oposição séria ou apenas não participa dos “presentes” do prefeito.

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