Magé vai à luta pela paz

“A violência só se instala, quando o bem se cala”

Se as autoridades não agem, a sociedade o faz. É com esse pensamento que começou ontem no muni- cípio de Magé o que se propõe a ser uma grande manifestação popular em favor da paz. Organizado, porém sem líderes, o movimento – que reunirá igrejas, clube de serviços, maçonaria, associações de morado- res e comercial – está preparando uma caminhada para o próximo dia 7, quando milhares de pessoas deverão sair às ruas em protesto contra a violência que vem acometendo a cidade nos últimos meses, sem que as autoridades policiais deem uma pronta resposta.

Com as ocupações das favelas do Rio pelas Unidades de Policia Pacificadora (UPPs), a cidade Magé passou a ser invadida por bandidos egressos dessas comunidades. Hoje já se vê em bairros de Magé e Piabetá marginais portando fuzis, o que jamais havia acontecido antes. O tímido policiamento feito pelo 34º Batalhão da Polícia Militar e as duas delegacias da Polícia Civil não estão sendo suficientes para inibir as ações criminosas, hoje praticadas a qualquer hora do dia ou da noite e em qualquer lugar do município, o que está deixando a população apavorada.

Mais que recuperar a tranquilidade de antes, o cidadão mageense quer ver esclarecidos os assassinatos ocorridos recentemente. A chacina de uma advogada e seus pais chocou a população, bem como a morte de um jovem muito querido na cidade. Paz e justiça! É isso que o movimento que teve ontem a sua primeira reunião estará cobrando das autoridades.

 

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