CPI vai investigar caos na saúde de Valença

Setor gastou R$ 10 milhões em seis meses. Resta saber onde

A rede de saúde de Valença conta hoje com 82 odontólogos contratados, mas não vem realizando ne- nhum procedimento odontológico por falta de condições de traba- lho. A afirmação foi feita pelo vereador Sil- vio Graça, que apon- ta a má gestão como principal causa dos problemas verificados nos últimos 12 meses na cidade, principal- mente nas unidades de atendimento médi- co. Segundo Silvio, atualmente nem extra- ções de dentes vem sendo feitas na rede devido à falta de recursos, materiais básicos e medicamentos. Por conta do caos que se instalou no setor de saúde Silvio e o vereador Marcelo Moreira de Oliveira, o Marcelo do Didi, anunciam que vão tentar, ainda nessa segunda-feira, instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar o setor onde, de acordo com Silvio Graça, só no primeiro semestre de 2013 foram gastos cerca de R$ 10 milhões. “É preciso que se esclareça esse gasto, pois as unidades não funcionam, falta tudo na rede”, completa o vereador.

O primeiro a ser ouvido na CPI deverá ser o secretário municipal de Saúde, Sérgio Gomes, que no ano passado esteve na Câmara de Vereadores para prestar esclarecimentos e nada esclareceu. “Ele esteve na Câmara e suas colocações ficaram muito aquém daquilo que precisa ser explicado. Na época ele reconheceu que a situação era ruim e disse que em setembro as coisas seriam normalizadas, mas o que a gente ouve do povo é que as coisas estão ainda pior”, afirma Marcelo Moreira, destacando que a formação de uma comissão investigativa “está embasada na cobrança dos valencianos, que tanto sofrem pela má assistência do poder público”.

Para alguns moradores e lideranças comunitárias de Valença, tanto quanto a falta de tudo na rede municipal de saúde, choca a falta de explicações por parte do governo. “A situação é desesperadora. A gente chega para ser atendido e é logo informado de que está faltando tudo. Na farmácia municipal nunca tem remédio e ninguém não explica nada”, diz o aposentado Manoel de Souza.

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