O mais premiado? Só se for com processos na Justiça

Ex-prefeito de Rio das Ostras “inicia” campanha como um grande realizador 

As eleições só vão acontecer no dia 5 de outubro, mas o ex-prefeito Carlos Augusto Balthazar já está praticamente em campanha, usando inclusive os meios de comunicação para se apresentar aos eleitores, o que não é proibido, desde que não peça votos e se afirme candidato, uma vez que as convenções sá acontecerão em junho.  A questão é que ele tem atuado nos bastidores contra possíveis adversários, patrocinando ações judiciais contra quem vê como desafeto e, nas horas vagas, se diz “o prefeito mais premiado da região”. É desse “mais premiado” que os atacados têm se aproveitado para dar o troco: “Mais premiado? Só se for com ações na Justiça”.

De olho numa cadeira na Assembleia Legislativa, Balthazar deixou o PMDB e filiou-se ao nanico PSL, apontado nos meios políticos como  “legenda de aluguel”, mas antes mesmo de iniciar a disputa pelo voto, terá de encarar uma dura batalha judicial, pois foi declarado inelegível e incluído na longa lista de potenciais “fichas sujas”, quando, em julho do ano passado, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) rejeitou os embargos de declaração interpostos por seus advogados contra uma sentença que o tornou inelegível até o ano de 2021, por conduta vedada e abuso de poder econômico durante a campanha para prefeito em 2008.

Em suas andanças extemporâneas Carlos Augusto exibe os prêmios “Prefeito Empreendedor”, do Sebrae  (2008, 2010 e 2012)  e  “Destaques Brasil Américas” (2010) e diz que quer ser deputado para “trabalhar na integração regional, além de buscar recursos para desenvolver a região e diminuir os impactos gerados pela exploração do petróleo”. O ex-prefeito de Rio das Ostras afirma ainda pode ser “o representante que a região espera e precisa”.

Mal avaliado nas pesquisas que analisaram o primeiro ano dos prefeitos que assumiram seus mandatos em janeiro de 2013, Alcebíades Sabino, sucessor de Carlos Augusto, tem o pior desempenho entre os governantes da região, mas trabalha nos bastidores, ao que deixa transparecer, não para eleger um deputado, mas para atrapalhar o desempenho de seu antecessor nas urnas. Pelos planos de Sabino deverão ser lançados na cidade pelo menos três candidatos a deputado estadual. Um deles deverá ser o vice-prefeito, Gelson Apicelo (PDT), um nome sempre usado como “coringa” por Sabino quando o atual prefeito precisa definir uma a coisa a seu favor. Gelson é apontado na cidade como “elefante”, por não saber a força que tem e sempre se permitir ser usado por aquele aquém obedece como a uma patrão.

 

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