Eles são de vários ramos profissionais, home care para cuidados com idosos; manicure, sorveteria e muitos outros. São empreendedores que nesta terça-feira, (28), estiveram reunidos por um motivo comum, aprender sobre o controle financeiro do negócio, na oficina para empreendedores da cidade. O evento fruto de mais uma parceria da Prefeitura de Japeri, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (Semdic), com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Sala do Empreendedor, aconteceu na Escola Municipal Bernardino de Melo e ofereceu oito horas de capacitação aos 20 participantes inscritos.
Para a subsecretária da Semdic, Marcia Leite, o maior objetivo do treinamento é a capacidade de fazer o empreendedor gerir as suas finanças. “É essencial para o sucesso de qualquer empreendimento a gestão das finanças. A parceria entre a Sala do Empreendedor de Japeri e o Sebrae fortalece essa prática e oferece ferramentas e conhecimentos para um controle financeiro eficaz”, disse ela, que acredita no potencial da Sala do Empreendedor como meio sólido para o desenvolvimento local.
“Ela tem a missão de preparar esses empresários, de fazê-los entender melhor as finanças, desde o controle de receitas e despesas, até elaboração de um planejamento concreto e real. E tudo isso também contribui com o desenvolvimento econômico da cidade”, complementou.
Já a gestora do Sebrae em Japeri, Daiane Helen, destacou a participação e a adesão dos empreendedores. “Em mais um ano à frente desse trabalho, estou muito feliz com o engajamento do público. Este ano traremos ainda mais palestras diferenciadas e com temas novos. Buscamos sempre, trazer mais conhecimento e o fortalecimento da parceria do Sebrae com a Sala do Empreendedor de Japeri”, disse.
O instrutor Norberto Martins, contador formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destacou que um dos pontos principais é saber quem são os clientes e quanto estão dispostos a pagar pelo serviço ou produto do seu negócio.
“O segredo é saber para qual público você trabalha e quanto ele está disposto a pagar pelo que você oferece. Vocês vão usar muita matemática, mas vão se apaixonar por terem um empreendimento organizado e a conta bancária com rendimento elevado vai aparecer. São contas gostosas, contas de resultados”, exaltou o consultor do Sebrae.
A animação contagiou os empreendedores que fizeram relatos de situações vivenciadas nos seus negócios, que os confrontaram com a realidade dos custos, margens de lucros e em como lidar com a concorrência. “Por isso é importante o desenvolvimento, mesmo que pequeno, de um plano de negócios. Ele espelha a situação real de onde está e de onde quer chegar”, explicou Martins.
Com o exemplo do curso em que Maria de Fátima atua, formação de idiomas, os presentes puderam entender que os custos requerem a inclusão de impostos, concessionárias de água, luz e empresa de internet, além de infraestrutura de pessoal e de recursos humanos empregados, mesmo que seja do próprio empreendedor e não de funcionário.
“Todos me perguntavam como eu conseguia fazer meu negócio sobreviver com a cobrança de um valor tão abaixo dos demais na mesma categoria. Minha resposta sempre foi a de que eu quero empreender e ajudar as pessoas. Mas, agora estou vendo que a resposta não era essa. Eu preciso saber quem é o meu cliente, quanto ele está disposto a pagar, alguns até com sacrifício outros não. Mas, tudo isso precisa estar alinhado ao meu custo de sala de aula e estrutura material e pessoal”, definiu a aluna já entendendo a matéria.
O empreendedor Vagner da Silva, que aguarda a inauguração do Mercado Popular para retomar sua atividade, aproveitou esses últimos momentos para aprender sobre as etapas do negócio. “Já, já, estou com meu box em funcionamento. Enquanto isso eu aprendo e planejo meu negócio. O tempo é corrido, mas se tudo estiver organizado a gente consegue ver o resultado”, definiu.