Pode ter ainda mais sujeira no lixo de Queimados, dizem por lá

● Elizeu Pires

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Em 2008, quando a Prefeitura de Nova Iguaçu queria contratar, sem licitação, uma empresa até então sediada em Brasília, chamada Green Life, a gestão do prefeito Lindberg Farias parou de pagar as faturas emitidas pela extinta Servflu, encarregada dos serviços de limpeza urbana.

Sufocada por oito meses sem receber um centavo sequer, a então contratada mediante licitação entrou em colapso financeiro, e o resultado é que em dezembro daquele ano a cidade ficou atulhada de lixo, gerando a desculpa perfeita para um contrato emergencial, naquilo que o Tribunal de Contas costuma chamar de “emergência fabricada”.

Está semana moradores de Queimados começaram a reclamar de problemas na coleta de lixo, mas em vez de tomar as devidas providências para normalizar a situação, fazendo sua parte, inclusive, a administração municipal passou a buscar culpados no lugar errado, pois a falha estaria nela mesma: a falta de pagamento.

De acordo com a prestadora de serviços, a dívida com ela acumulada pela Prefeitura é de cerca de R$ 5 milhões, e tem mais: a concessionária que administra o Centro de Tratamento de Paracambi – que atende ainda, além do próprio município onde está instalado, Queimados, Japeri, Paulo de Frontin e Mendes – está há quase dois anos sem pagamento.

Ou seja, a gestão do prefeito Glauco Kaizer, ao que está aparecendo, quer que a prestadora de serviços recolha os resíduos de graça e a administração do Centro de Tratamento aceite o descarte sem receber dos cofres da municipalidade.

*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Queimados

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