Em Rio das Ostras quem assegura atendimento médico é a Justiça: cidade tem em 24 horas dois casos de liminar para garantir o direito negado a cidadão

Moradores da cidade reclamam que o prefeito Marcelino Borba “não está fazendo o dever de casa)

Um dia após a Justiça ser acionada para garantir o tratamento adequado a um paciente grave que ficou cinco dias no Pronto Socorro de Rio das Ostras com politrauma e traumatismo na coluna, mais uma vez o Poder Judiciário teve de determinar o que seria um dever do poder público municipal em favor de todo e qualquer cidadão. A direção do PS deve ser notificada ainda na noite desta quinta-feira (26) da decisão do juízo de plantão em Cabo Frio, para remover, imediatamente, Sirene Rozendo Barcelos para o Hospital Municipal de Macaé ou uma unidade particular, para que ela possa ser submetida a sessões de hemodiálise, com o município de Rio das Ostras assumindo os custos.

De acordo com usuários da rede de saúde local, a gestão do prefeito Marcelino Borba, o Marcelino da Farmácia, está deixando de fazer o dever de casa em relação a muitas coisas na administração municipal, mas em termos de saúde pública a situação estaria ficando cada dia pior.

A liminar foi conseguida agora a pouco pelo advogado Renato Vasconcelos. No despacho o juiz de plantão destacou o que foi comprovado no pedido através de laudos, que a situação da paciente com problemas renais “progride com piora alarmante” e que por isso é necessária a transferência em caráter de urgência para uma unidade com suporte de nefrologia, com “terapia substitutiva (hemodiálise), em leito de UTI”. Sirene, segundo familiares, estaria no Pronto Socorro há dez dias.

O caso relatado ontem (25) pelo elizeupires.com, citando a situação do carpinteiro Marcio Alexandre Rodrigues Faria, de 43 anos, que estava há cinco dias aguardando transferência para um hospital no qual pudesse passar por cirurgias, foi resolvido. Ele foi removido para o Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo e deve ser operado nas próximas horas.

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