Prisão de Mario Peixoto derruba mais um: secretário de Saúde do Rio é exonerado e outras demissões podem estar a caminho do diário oficial

Alegando desgaste com as denúncias de irregularidades e corrupção nas compras emergenciais e contratação de serviços através de sua pasta, Edmar Santos (foto), vinha dizendo que deixaria o cargo nos próximos dias “por vontade própria”, mas a saída foi rápida e não a pedido. O secretário estadual de Saúde foi exonerado neste domingo (17) pelo governador Wilson Witzel, ele próprio em situação delicada, “na gangorra”, como diriam os mais antigos.

O governador – que foi eleito com discursos de moralidade e combate a corrupção – é amigo do empresário Mario Peixoto, um dos maiores credores do estado desde o primeiro mandato do ex-governador Sergio Cabral. Peixoto, o filho e dois dos seus principais operadores foram presos na última quinta-feira (14), na Operação Favorito, realizada pela Polícia Federal.

De acordo com uma fonte ligada ao governo, a queda de Edmar será a única. Deverão acontecer demissões também na Secretaria Estadual de Ciencias e Tecnologia, na Faetec, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão pode perder o cargo nos próximos dias.

Advogado tributarista, Lucas é apontado por algumas autoridades como elo entre Mario Peixoto e o governador, de quem Tristão é amigo de longa data, deste os tempos de magistratura no estado do Espírito Santo. Lucas, inclusive, foi advogado da Atrio Rio, uma das empresas controladas por Mário.

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