Prefeito de Paulo de Frontin é alvo de operação do MP por fraude na compra de combustíveis: gastos passam de R$ 3 milhões

Jaudo é alvo de ação por improbidade administrativa e atos de corrupção, revela o MP

Um mês após a matéria Prefeitura de Paulo de Frontin mais que dobra os gastos com combustíveis, mas não revela quantos litros consome sua frota, veiculada pelo elizeupires.com no dia 22 de junho, o Ministério Público realizou na manhã desta terça-feira (21) a operação Pharus (farol, em latim), uma alusão ao nome da empresa Posto Farol do Chafre, que desde 2017 vinha abastecendo a frota da administração municipal.  A operação é resultado de um inquérito aberto para apurar fraude na compra dos combustíveis. O alvo principal é o prefeito Jauldo Balthazar Neto. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Paulo de Frontin, Nova Iguaçu, Barra Mansa, Mendes, Paracambi, Barra do Piraí e Miguel Pereira.

Conforme o elizeupires.com já revelou, os gastos com combustíveis por parte da Prefeitura de Paulo de Frontin tem aumentado desde 2017 e o valor global contratado para 2020 supera em muito do de 2019, sem que a administração municipal deixasse claro quantos litros de gasolina e óleo diesel sua frota vem consumindo, embora as despesas com combustíveis registradas até março deste ano totalizem mais de R$ 3,1 milhões, sem contar os valores de três extratos de contratos divulgados no último dia 10 de junho para o fornecimento de gasolina e diesel durante 2020: R$ 2,3 milhões, contra pouco mais de R$ 1 milhão pagos no ano passado.

Os pagamentos feitos ao Posto Farol do Chafre pela Prefeitura somam exatamente R$ 3.152.229,31: foram R$ 744.987,65 em 2017, R$ 984.640,09 em 2018 e R$ 1.015.067,79 no ano passado. Quanto a 2020 os pagamentos feitos entre 6 de janeiro e 25 de março somam R$ 385.396,11.

Improbidade administrativa e corrupção – O prefeito da cidade já é réu por improbidade administrativa e atos de corrupção, ação que ajuizada pelos promotores do núcleo de Vassouras da Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva. O MP começou as apurações a partir de um contrato sem licitação firmado em 2017, com valor global  de R$1.081.400,00, e a operação de hoje visa esclarecer “fraude em licitação na compra de combustíveis, peculato e lavagem de dinheiro”.

Além do prefeito, são alvos das investigações o irmão dele, Kaio José Balthazar Ferreira, vereador-presidente da Câmara de Vereadorres; Jorge Luiz Pinelli da Silva (dono do posto), Marco Antonio Maiorano, Ivete Pacheco Moreira e Alexsandra D’Aparecida Maiorano,  seus sócios.

O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Paulo de Frontin.

Documentos relacionados:

Pagamentos – Posto Farol do Chafre

Extratos de contratos 2020

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