Unir Saúde recebeu R$ 2,6 milhões em Itaperuna: OS é citada nas investigações que resultaram na prisão do empresário Mário Peixoto

Embora tenham sido apontadas irregularidade no processo de contratação do Instituto Unir Saúde pela Secretaria de Ação Social de Itaperuna, a OS citada em denúncias sobre fraudes com recursos da Secretaria Estadual de Saúde e apontada como parte do esquema dos empresários Mário Peixoto e Luiz Roberto Martins, presos em maio deste ano, recebeu mais de R$ 2,6 milhões do Fundo Municipal de Ação Social daquele município, total pago em 24 transferências feitas entre novembro de 2017 e dezembro de 2018, o que pode ser conferido aqui.

Conforme foi revelado na matéria Ministério Público denuncia prefeito e primeira-dama de Itaperuna por fraude na terceirização de programas sociais – veiculada pelo elizeupires.com no dia 10 de abril de 2019 –, a Promotoria de Justiça apontou fraude em um contrato de R$ 4.466.194,20  firmado com o Instituto, que já naquela época era considerado “inidôneo” pela Prefeitura do Rio de Janeiro, ficando impedido de contratar com o governo da capital fluminense.

Improbidade administrativa – Por causa da contratação da OS o prefeito Marcus Vinicius de Oliveira Pinto e a primeira-dama Camila Andrade Pires, ex-titular da Secretaria de Ação Social, foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público, por  improbidade administrativa. O prefeito, Camila e o substituto dela na secretaria, Reginaldo Braz de Carvalho, foram acusados pelas irregularidades no processo administrativo que resultou na contratação do Unir Saúde em novembro de 2017.

Segundo o MP, um chamamento público teria sido simulado “para celebração de um termo de colaboração com o Instituto Unir Saúde, para prestar serviços na área da assistência social”. A Promotoria citou na denúncia que “o processo que embasou a celebração do acordo, que era para ter sido público, teve sua publicidade fraudada com a simulação da publicação do chamamento no jornal Diário do Noroeste, em 20 de setembro de 2017” e que “itens com alto sobrepreço eram incluídos nas notas fiscais emitidas por empresa sediada em residência familiar no bairro Pendotiba, em Niterói”, sendo que a Unir “cobrou do município de Itaperuna, a quantia de R$ 11,92 por refrigerante de dois litros, e o achocolatado em pó (500g) custou R$ 19,68”.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria.

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