Quem seria o padrinho da Cruz Vermelha do Rio Grande do Sul no RJ? Mesmo declarada inidônea instituição vai gerir hospital em Nova Iguaçu

Elizeu Pires

Em outubro do ano passado o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) declarou inidônea a Organização Social Cruz Vermelha Brasileira Filial do Rio Grande do Sul, o que não é novidade para a OS, que já ela teve sanção semelhante adotada pela Prefeitura de Camboriú, no estado de Santa Cantarina. Porém, mesmo assim, a instituição foi escolhida pela Secretaria Estadual de Saúde para administrar o Hospital Modular de Nova Iguaçu, pelo período de um ano, pelo total de R$ 200 milhões.

Vencedora da concorrência pública realizada pelo governo fluminense, a filial gaucha da Cruz Vermelha Brasileira recebeu a incumbência de abrir o hospital de campanha até o dia 31 deste mês, mas não há o menor sinal de que isso irá acontecer. Enquanto isso o Hospital Geral de Nova Iguaçu, o Hospital da Posse – que é gerido pela Prefeitura iguaçuana – vai segurando a onda no enfrentamento à covid-19.

Ao custo de R$ 50 milhões e sob várias denúncias de irregularidades, o Hospital Modular de Nova Iguaçu foi concluído em junho de 2020, mas não atendeu um paciente sequer até hoje, apesar de ter sido configurado para funcionar com 300 leitos, 120 de UTI e 180 de enfermaria.

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