● Elizeu Pires
O juiz da 138ª Zona Eleitoral de Queimados, Luís Gustavo Vasques, condenou o ex-vereador e policial militar Adriano Morie (PTB) a 20 anos e cinco dias de prisão, por ter liderado um esquema de fraude nas eleições de 2016, com membros do grupo dele votando com documentação falsa. No mesmo processo o funcionário do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro Mario Cesar Pereira Gomes foi condenado a 17 anos e teve decretada a perda da função pública. Mario foi denunciado por criar eleitores fantasmas com uso de documentos falsos. Por conta disso Queimados passou por uma varredura a partir da biometria, o que cancelou mais de 40 mil títulos de eleitores.
O esquema foi descoberto por volta das 12h30 do dia 2 de outubro de 2016 por agentes da 55ª DP, que abordaram um carro no qual estavam três cabos eleitorais de Adriano – Ramon Rodrigo Gonçalves, Marcelo da Silva Ribeiro e Wallace Machado Oliveira – foram flagrados com carteiras de identidade e títulos de eleitor falsificados, documentos usados por eles para votar em Morie. Os cabos eleitorais também foram condenados, recebendo pena de 15 anos e seis meses de reclusão.
O grupo foi denunciado pelo Ministério Público associação fraudulenta, com uso de documentos falsos. De acordo com a denúncia ajuizada pelo MP, Mario César, a pedido de Morie, falsificou 95 carteiras de identidade, usando inclusive a própria foto e dos outros três acusado. Ele, Ramon Rodrigo Ferreira Gonçalves, Marcelo da Silva Ribeiro e Wallace Machado Oliveira usaram os documentos em nome de eleitores regularmente registrados no TRE e votaram em Adriano.
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