● Elizeu Pires
Enquanto alguns fornecedores e prestadores de serviços reclamam de dificuldades para receber suas faturas junto à Prefeitura de Queimados, a empresa Conesul Comercial e Tecnologia Educacional – cujo dono chegou a ser preso e a ter valores bloqueados por decisão da Justiça da Paraíba, sob acusação de participar de um suposto esquema de corrupção no governo daquele estado – levou apenas dois dias para assinar o contrato e receber por ele. Pelo menos é o que mostra o sistema que registra as despesas empenhadas e quitadas pela administração municipal. O sistema revela pagamento do valor global do contrato no dia 30 de dezembro, último dia expediente na Prefeitura.
Além da rapidez no trâmite do processo administrativo, chama a atenção a falta de transparência. No dia 22 de dezembro foi homologada a compra de R$ 7.371.800,00 em tablets para os alunos da rede municipal de ensino, aquisição feita sem licitação pela gestão do prefeito Glauco Kaizer, através de uma adesão de ata gerada a partir de um pregão realizado por órgão até agora não revelado, possivelmente de um município no estado de Minas Gerais.
Somente extratos – Contrariando o que determina a lei da transparência, a Prefeitura de Queimados só mostrou até agora extratos, deixando de informar a quantidade, marca e valor unitário do equipamento adquirido, muito menos a origem da ata de registro de preços aderida pela Secretaria Municipal de Educação.
Sabe se apenas que a compra foi mesmo feita sem licitação, que o dono da empresa escolhida foi denunciado pelo Ministério Público do Estado da Paraíba e que o contrato firmado com a Prefeitura de Queimados é o de número 007/2021, firmado no dia 28 de dezembro.
A gestão do prefeito Glauco Kaizer também não informa se os equipamentos já foram entregues à Secretaria de Educação, de forma parcial ou em sua totalidade.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria.
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