Sem merenda e sem os tablets que custaram R$ 7,3 milhões, estudantes de Queimados só voltarão às aulas no dia 7 de março

● Elizeu Pires

Enquanto nos demais municípios da Baixada Fluminense os alunos da rede pública já estão estudando desde a semana passada, os estudantes das escolas municipais de Queimados só retornarão às salas de aula no dia 7 de março. O adiamento, embora a gestão do prefeito Glauco Kaizer não assuma isso, segundo alguns profissionais do setor, se deu porque não há merenda, uma vez que a Prefeitura demorou para abrir processo licitatório com esse objeto.

Na verdade, o aviso do pregão da merenda escolar só foi publicado no último dia 10, com a licitação marcada para o dia 25, sem que o edital que sustenta o certame esteja disponibilizado para livre acesso no site oficial do município, como determina o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).

O adiamento da volta às aulas causou descontentamento e muitos pais protestaram via redes sociais, mas os apelos não surtiram efeitos na Prefeitura nem na Câmara de Vereadores – que a exemplo de como tem se comportado no caso da compra de R$ 7,3 milhões em tablets com pagamento imediato sem a divulgação da quantidade adquirida, marca e preço unitário -, onde nenhum parlamentar, inclusive o presidente da Comissão de Educação, Jefferson Dias, se manifestou sobre o assunto.

Conforme o elizeupires.com já revelou, o contrato da compra dos tablets foi firmado em 28 de dezembro e no dia 30 a Prefeitura fez o pagamento integral de R$ 7.371.800,00 em favor da empresa Conesul Comercial e Tecnologia Educacional, escolhida sem licitação para fornecer os aparelhos.

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