● Elizeu Pires

O contrato de gestão 01/2022 firmado entre a Secretaria de Saúde de Queimados e a organização social Instituto de Medicina e Projeto (IMP), responsável pela administração compartilhada do hospital maternidade do município, foi assinado no dia 13 de junho, e a instituição já recebeu dos cofres da municipalidade a transferência de R$ 1 milhão a título de investimento.

O repasse a título de investimento não consta no que a gestão do prefeito Glauco Kaizer chama de Portal da Transparência, e o dinheiro parece não ter ajudado muito, pois usuários da unidade reclamam que estaria faltando medicamentos por lá, o que faz pensar que se rápido em pagar, o governo é lento na fiscalização.

Conforme foi revelado na matéria Troca de gestora em processo nada transparente já começa a apresentar problemas no hospital municipal de Queimados: casal de gêmeos morre por falta de atendimento adequado no que o prefeito chama de modelo, veiculada sábado (23), na semana passada uma gestante teve um casal de gêmeos e os bebês morreram, segundo familiares, por falta de atendimento adequado.

Um tio dos recém-nascidos gravou um vídeo, no qual revelou a inexistência de incubadora na unidade. O IMP sucedeu na gestão do hospital maternidade o Instituto Se Liga, que ainda tem pendências financeiras a receber.

Segundo foi apontado em representações feitas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e ao Ministério Público, o processo de escolha da nova gestora da unidade teria se dado de forma nada transparente. Os documentos apontam supostas irregularidades e suspeita de favorecimento. Antes da apresentação das propostas seis concorrentes tiveram o pedido de reconhecimento como organização social negado pela administração municipal. A Prefeitura que habilitou apenas duas instituições e o IMP acabou concorrendo sozinho.

*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Queimados e do Instituto de Medicina e Projetos