Segurança de Carla Zambelli é preso pela Polícia Civil após disparo de arma de fogo em São Paulo

Um segurança da deputada federal Carla Zambelli, identificado apenas como Daniel, foi preso em flagrante pela Polícia Civil no início da madrugada deste domingo, 30, sob a acusação de disparo de arma de fogo. Ele vai passar por audiência de custódia diante da Justiça, que definirá sobre a manutenção da prisão.

O homem participou com a parlamentar de uma confusão na tarde deste sábado, 29, que culminou com um disparo de arma de fogo. Imagens mostraram ainda o momento em que Zambelli anda por uma rua do bairro dos Jardins, na região central paulistana, empunhando uma arma em perseguição a um homem. Ela prestou depoimento à polícia.

A deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP), uma das principais aliadas do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso, se envolveu neste sábado, 29, em uma confusão nos Jardins, em São Paulo. Em vídeos divulgados nas redes sociais em poder da Polícia Civil, a parlamentar aparece empunhando uma pistola enquanto persegue um homem negro, que é agredido por outras pessoas. Um tiro é disparado pelo grupo do qual fazia parte a deputada. Carla alega ter sido agredida.

A Polícia Civil investiga possível ocorrência dos crimes de porte ilegal de arma, ameaça, lesão corporal e disparo de arma de fogo. Neste último caso, os policiais afirmam que a tipificação do crime dependerá da análise da direção do disparo para saber se um delito mais grave – tentativa de homicídio – ocorreu. Será a análise do vídeo com a direção do disparo que mostrará a intenção do autor do tiro.

O jornalista Luan Araújo, alvo do grupo liderado por Zambelli, compareceu ao 4.º Distrito Policial (Consolação) para prestar queixa contra a deputada. Os advogados de Luan alegam que a parlamentar praticou os crimes de racismo, disparo de arma de fogo e porte ilegal de arma na véspera da eleição. “Eu ia a uma comemoração de chá de bebê e acabei o dia com uma arma apontada para mim por causa de uma discussão política”, disse Luan ao sair da delegacia.

Luan afirmou que a discussão com Zambelli teve início quando ele saía de uma hamburgueria com um boné do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e ouviu um grito de “amanhã é Tarcísio”, referente à disputa ao governo paulista entre Tarcísio Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT). Ele teria respondido “amanhã é Lula”, dando continuidade às provocações. A discussão se agravou e ambos os lados começaram a se xingar, segundo Luan.

(Estadão)

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