
Além dos fantasmas já denuniciados nomeações de parentes de vereadores enrolam Aluizio
Nos próximos dias deverá sair mais uma decisão de bloqueio de bens envolvendo o prefeito e um vereador de Macaé, em processo no qual o Ministério Público aponta pagamento de salários a servidores que não fariam jus aos vencimentos recebidos. Na semana passada o juízo da 2ª Vara Cível da comarca local decidiu bloquear bens de Aluízio dos Santos Junior, o Dr. Aluizio e do presidente da Câmara de Vereadores, Eduardo Cardoso, porque uma filha deste teria recebido cerca de R$ 300 mil entre 2007 e 2015, sem prestar serviços. Quanto ao novo caso a Procuradoria do município resolveu se antecipar e está convocando uma filha do vereador Paulo Antunes, para que ela tome conhecimento de valor a ser devolvido aos cofres da municipalidade. Ocorre que não são apenas os “fantasmas” que tiram a tranquilidade do homem que venceu as eleições de 2012 pregando mudanças, austeridade e com o mesmo discurso foi reeleito no ano passado: Aluizio é réu em pelo menos quatro processos de nepotismo e em três deles figuram também os vereadores Eduardo Cardoso, Paulo Antunes e o George Jardim.
Na ação 0003825382015.8.19.0028, que tramita na 3ª Vara Cível os réus, além do prefeito, são o procurador Geral Augusto Cesar D´Almeida Salgado e a esposa dele, Raquel Alves Rosário. Em sua defesa Aluizio dos Santos Junior alega que não tem grau de parentesco com os nomeados por ele e que por isso não poderia ser enquadrado como réu pelo Ministério Público. Já no processo 0012698-90.2016.8.19.0028, ajuizado na 2ª Vara Cível, o prefeito tem a companhia da família Cardoso e nele o MP pede o bloqueio de R$ 500 mil para garantir o ressarcimento dos cofres públicos. Os réus são Aluízio, Eduardo Cardoso e casal Juliana Felix Froede e Thales Coutinho Gonçalves da Silva.
A outra ação por nepotismo está também na as Vara Cível e virou improbidade, porque o prefeito descumpriu um Termo de Ajuste de Conduta no qual o governo havia se. É a de número 0012777-69.2016.8.19.0028 e, além do prefeito são réus o vereador George Jardim, Joaquim Bento Jardim Neto, Rodrigo Coutinho Jardim e Ronaldo Coutinho Jardim. Na ação o MP cita que nesse caso foi celebrado um TAC “no qual o prefeito municipal, ora réu, se comprometeu a exonerar imediatamente todos os parentes de servidores municipais e agentes públicos ocupantes de cargo em comissão e função gratificada, dentre outras obrigações, o que sustenta não ter sido cumprido em relação aos demandados”.
Também na 2ª Vara Cível está o processo No 0012779-39.2016.8.19.0028, Aluizio é réu junto com o vereador Paulo Antunes, pela nomeação do filho deste, Julio Martins Antunes, para comandar a Secretaria de Mobilidade Urbana. O prefeito não foi encontrado para falar sobre o assunto e sua assessoria não liberou nenhum comunicado em relação aos processos.
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