Em depoimento à Polícia a profissional de saúdebdisse que marido da diretora da unidade insinuou ser amigo do prefeito

● Elizeu Pires

Praticar, reiteradamente, contra o trabalhador ato hostil capaz de ofender a sua dignidade e causar-lhe dano físico ou psicológico, prevalecendo-se o agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função é crime, mas, ao que parece, Karina Lima, diretora do Hospital Público Municipal da Serra Evangelina Flores da Silva, na localidade de Trapiche, em Macaé, não sabe disso.

Tanto que uma enfermeira lotada na unidade fez um registro de ocorrência contra ela. Lilian de Amorim esteve no dia 20 de março na 123 DP, onde relatou que pressões começaram a ser feitas contra ela tão logo tomou conhecimento de que um enfermeiro também lotado no Hospital da Serra, identificado apenas como Junior Maia, se ausentava do trabalho para dar plantão no Hospital da Unimed. Segundo foi relatado, Junior se ausentava do trabalho depois de bater o ponto biométrico para dar plantão na unidade particular.

Lilian contou ter sido convocada para uma reunião a portas fechadas com diretora, a coordenadora Silvana Souza e marido de Karina, identificado pela enfermeira apenas como Floriano.

 “Qual é a sua insatisfação?”, teriam perguntado à enfermeira, indagação seguida de um bate-boca entre Silvana e Lilian. Segundo a denunciante, o marido da diretora teve que intervir para evitar que a enfermeira fosse agredida, mas insinuou que era amigo do prefeito. “Vocês são apenas funcionários. Eu posso tirar vocês a qualquer momento”, teria dito ele.

*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Macaé