IMP já recebeu mais de R$ 100 milhões do Fundo Municipal de Saúde
● Elizeu Pires
Já tendo recebido mais de R$ 100 milhões do Fundo Municipal de Saúde de Nova Iguaçu, a Organização Social Instituto de Medicina e Projeto (IMP), que passou a ser chamado de “OS sem domo” depois que seu presidente disse que sequer conhecia a instituição, perdeu a seleção pública aberta para escolher nova gestão de três UPAs que foram entregues ao controle dela sem licitação pelo secretário Luiz Carlos Nobre Cavalcanti, mas vai continuar operando no município pelo menos até outubro de 2024.
Pelo menos é isso que garante à “OS sem dono” dois termos aditivos autorizado pelo secretário, ampliando a validade e os valores dos contratos 001 e 002, firmados com o IMP em 2020.
Com valor inicial de R$ 24,8 milhões, o contrato 001 foi firmado em 28 de abril de 2020 para gestão da UPA Patrícia Marinho. Na época quem assinou pelo IMP foi José Romulo Oliveira Alves. Esse instrumento jurídico foi turbinado duas vezes por Luiz Carlos. O primeiro aditivo foi homologado 4 de novembro de 2021, aumentando o valor do repasse mensal para R$ 1.159.807,51. O segundo é datado de 28 de abril de 2022, estendendo o contrato por mais dois anos, fixando o global em R$ 27,8 milhões.
Já o contrato 002 – também com valor inicial de R$ 24,8 milhões – foi assinado em 23 de outubro de 2020, tendo como objeto a gestão da UPA Carlinhos da Tinguá. Esse também foi renovado por mais 24 meses por R$ 27,8 milhões, em aditivo autorizado em 20 de outubro do ano passado.
Por esses dois contratos essa OS recebeu R$ 8.656.373,22 em 2020, R$ 26.078.213,32 no ano seguinte e R$ 28.995.268,48 em 2022. Ao todo, incluindo os R$ 37.866.899,90 repassados este ano, o IMP já recebeu dos cofres públicos iguaçuanos R$ 101,5 milhões.
Nos dois Nesse termo, quem figura como presidente da OS é o homem que nega presidi-la, Alexandre Santos de Abreu.
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