O conjunto de aprendizagens na educação básica foi aprovado dia 15
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) aprovada foi aprovada no Conselho Nacional de Educação (CNE) após dois anos de análises, debates, opiniões contra e a favor, é mais um desafio a ser enfrentando pelos educadores, o que já começa com a chegada às escolas da cartilha que define o conjunto de aprendizagens essenciais na educação básica. Especialistas entendem que a implementação da Base vai depender de atenção e vontade política. “Não podemos imaginar que a BNCC transformada em currículo vai possibilitar a melhora na qualidade de ensino se não houver condições adequadas para o professor, o que implica não só o salário, que é fundamental, mas condições concretas de infraestrutura e formação”, diz a superintendente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária, Anna Helena Altenfelder.
Anna Helena destaca que a transformação da Base em currículos nas redes estaduais e municipais vai necessitar de apoio financeiro e técnico da União. “Infelizmente, temos uma tradição no Brasil de muitas legislações e marcos legais na área de educação não acontecerem de fato, ficarem na gaveta. Agora vai precisar de um esforço grande político para que isso não aconteça”. Para ela a BMCC, explicita claramente o direito que cada aluno no Brasil tem de aprender em cada etapa de ensino. “Ela não é o mínimo a ser ensinado, mas é o que é comum que todo brasileiro e brasileira tem direito de aprender. Ela Base garante o direito de aprender. Ter isso claro e explicitado é um avanço porque permite que haja um controle social pelas famílias, professores e os próprios alunos”, completa.
De acordo com a secretária executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães, o governo vai começar imediatamente a preparar os estados e municípios para a implantação da BNCC. “O MEC já tem uma estratégia montada, com vários programas que serão implementados pelas secretarias de Educação Básica que vão garantir a preparação para a implantação da Base a partir de 2019 no máximo até 2020”, diz, informando que o MEC já está preparando a aquisição dos novos materiais didáticos já com as orientações da Base.