Governo garante recursos e apoio a municípios do Amazonas

Após sobrevoar regiões afetadas pela estiagem, navegar por palafitas e ouvir moradores e autoridades, vice-presidente anuncia série de ações emergenciais

Comitiva federal visitou comunidades, ouviu moradores e autoridades locais e garantiu que não faltarão recursos e ações para minimizar prejuízos. Foto: Cadu Gomes / VPR

Dragagem de trechos de rios para melhorar a navegação, ações para garantir o fornecimento de energia, ampliação do combate a incêndios, envio de alimentos, antecipação do Bolsa Família, seguro para pescadores. Uma comitiva do governo federal esteve nesta quarta-feira (4), nas regiões amazônicas mais afetadas pela forte estiagem na região. À frente do grupo, o vice-presidente Geraldo Alckmin reforçou o compromisso de atender as principais necessidades do estado e dos municípios com toda a agilidade. “Não faltarão recursos. O que tiver de necessidade (os municípios) vão encaminhando para a gente poder, dentro da lei, liberar os recursos o mais rápido possível e atender à população”, disse Alckmin.

O objetivo da comitiva, além de registrar o apoio às famílias atingidas pela estiagem e pela tragédia do deslizamento de um barranco na comunidade do Arumã, em Beruri (município a 173 quilômetros de Manaus), foi anunciar um pacote de ações para o enfrentamento das dificuldades vividas no estado.

Além de Alckmin, integraram a comitiva os ministros Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança Climática), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Alexandre Silveira (Minas e Energia), José Mucio Monteiro (Defesa), André de Paula (Pesca e Aquicultura) e a secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Fernanda Machiaveli, além de representantes dos ministérios da Saúde, Desenvolvimento Social, Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

O grupo sobrevoou áreas afetadas pela seca nos municípios de Iranduba, navegou e caminhou entre palafitas e realizou uma visita à comunidade do Catalão. Os ministros ouviram de moradores, representantes locais, de parlamentares, prefeitos e do governador Wilson Lima as principais dificuldades enfrentadas no Amazonas. A partir disso, fizeram os seguintes anúncios:

Transportes – Foi dada a ordem de serviço para a dragagem de oito quilômetros do Rio Solimões, entre Tabatinga e Benjamin Constant. A obra, com custo estimado em R$ 30 milhões, deve ficar pronta em até 45 dias. O governo federal também trabalha para contratar a dragagem de 12 quilômetros no Rio Madeira, na região do Tabocal até a foz do Rio Amazonas, ao custo de R$ 100 milhões.

As dragagens pretendem assegurar a navegabilidade na região, já que os rios são importantes vias de escoamento de cargas e produtos da região, inclusive da Zona Franca de Manaus, e de transporte de pessoas. O Ministério dos Portos e Aeroportos e o Dnit farão um estudo para verificar a necessidade de dragagem em outros locais.

Energia – O suprimento de energia está garantido na região. O vice-presidente Geraldo Alckmin explicou que houve um trabalho de reserva de combustível de óleo diesel e com isso, mesmo com a paralisação da Usina de Santo Antônio, o fornecimento está assegurado.

Alckmin adiantou que ainda nesta quarta haveria uma reunião com a participação de representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS) para avaliar a necessidade de contratação de térmica para a região. Na semana passada, o Governo Federal anunciou que investirá R$ 56 bilhões em transmissão de energia e que a maior parte será destinada à região Norte e Nordeste. Desse total, os primeiros R$ 16 bilhões já foram assinados na semana passada e um novo leilão ocorrerá ainda neste ano.

Queimadas – O Ministério da Defesa, por meio do Exército, trabalha no combate às queimadas no Amazonas. O Ministério do Meio Ambiente deslocou 191 brigadistas para apoiar os trabalhos na região. “A visita da comitiva é um ato de colaboração e solidariedade com o povo do Amazonas”, frisou a ministra Marina Silva.

Ajuda humanitária – A comitiva reforçou que as prefeituras precisam encaminhar os planos de trabalho ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional para que os recursos voltados para ações humanitárias possam ser liberados o mais rápido possível. Referindo-se especificamente ao caso da tragédia do deslizamento em Beruri, que resultou na morte de duas pessoas, o vice-presidente explicou que o Auxílio Abrigamento, com valores de R$ 400 por pessoa atingida, serão transferidos para as prefeituras municipais.

Bolsa Família e BPC – Para os municípios em situação de emergência, os pagamentos do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) serão unificados no dia 19 de outubro.

Agricultura Familiar –  Para os agricultores inscritos no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) que tiveram perdas decorrentes da estiagem, será feito o pagamento do seguro integral. Esse apoio tem como objetivo garantir a subsistência do pequeno agricultor em caso de perdas de receitas por conta de fenômenos naturais, pragas ou doenças.

 Pesca – Ciente de que boa parte da população do Amazonas vive da pesca, o Ministério da Pesca e Aquicultura e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima vão atuar para antecipar em dois meses o Seguro Defeso, que começaria a ser pago em 15 de novembro. O Seguro é um benefício pago ao pescador artesanal quando ele fica proibido de exercer a atividade pesqueira durante o período de defeso de alguma espécie.

 Saúde – Na área da saúde, as prefeituras foram orientadas a encaminhar o pleito para acesso ao kit medicamento ao Ministério da Saúde. Cada kit tem capacidade para atender 15 mil pessoas. Alckmin ainda lembrou que o Mais Médicos liberou 240 profissionais para Manaus e 540 para o Amazonas.

(Via Secom/Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República)

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