● Elizeu Pires
A terceirização de mão de obra, meio encontrado pelo prefeito Rodrigo Medeiros para driblar a legislação que obriga a realização de concurso público, vem pesando no bolso dos contribuintes de Tanguá, pequeno município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, sem que isso signifique melhora nos serviços públicos, segundo reclamam por lá.
O que já acontece no setor de Saúde, através da MML Serviços Médicos, vai se estender agora para outras secretarias, passo que está sendo dado hoje (24), através de um processo de licitação, cujo edital estima o gasto de R$ 21,7 milhões para a contratação de uma empresa para o fornecimento de serviços de limpeza, conservação, merendeira, preparação de alimentos, copeiragem, vigilância, recepção, motorista e apoio administrativo.
Trata-se do pregão 051/2023, marcado para as 9h desta sexta-feira, com valor global máximo fixado até o limite R$ 21.722.295,48, que está sendo visto sob a ótica da suspeita por observadores mais atentos, entre eles o vereador Delson Menezes Franco, que já apresentou denúncia ao Ministério Público.
No caso da MML Serviços, o vereador citou que a empresa não foi encontrado no endereço que consta como de sua sede, e que tem faltado médicos nas unidades de saúde, mas o pagamentos continuam sendo feitos pela Prefeitura.
Até o dia 31 de outubro a empresa havia recebido total de R$ 9.104.216,71 – R$ 597.707,37 em abril, R$ 1.195.414,74 em maio, R$ 1.315.530,36 em junho e R$ 1.411.33532 em julho. Em agosto o recebimento foi e R$ 1.483.171,07, R$ 1.563.181,69 em setembro, e de R$ 1.537.876,16 no mês passado -, mas com um novo pagamento realizado esta semana no valor de R$ 1.599.591,53, o total repassado a MML pelo Fundo Municipal de Saúde chega a R$ 10.703.808,24.
*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Tanguá
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