Postos do Rio receberão combustível ainda neste domingo

O abastecimento de gasolina e álcool para a rede de postos do Rio de Janeiro começará a ser feito ainda na noite deste domingo (27) e na madrugada desta segunda-feira (28). Serão escolhidos alguns postos para centralizar a entrega de combustível, que ocorrerá por comboios de caminhões-tanque escoltados pelas forças de segurança. “Já estão saindo carretas com combustível. Estamos negociando quais carretas vão sair. Porque não pode sair tudo para um lugar só. Isto tem de ser planejado. Depende agora das empresas poderem colocar [combustível]. Não tenho como adiantar quantas”, afirmou o general Braga Neto (foto).

Há pouco Braga Neto participou de uma entrevista coletiva ao lado do governador Luiz Fernando Pezão, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). “Estamos com a central de escoltas funcionando aqui no CICC. Até o momento, atendemos a 160 escoltas e outras vão sair hoje, no período da noite. Voltadas principalmente para as necessidades dos órgãos de segurança, da saúde, para o [recolhimento do] lixo e para os meios de transportes. Temos condições de fornecer escolta às distribuidoras que se dispuserem a procurar o gabinete de crise”, disse Braga Netto.

O governador disse que todas as escoltas pedidas serão atendidas, de modo que as empresas possam funcionar amanhã. Segundo Pezão, inicialmente será garantido abastecimento para a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e o sistema de ônibus. Em seguida, os postos também começarão a receber. “Agora vamos ver postos centrais de algumas regiões e sair com comboios aos poucos. As forças militares já estão na Reduc [Refinaria Duque de Caxias, na Baixada Fluminense], em todas as bases, para garantir a saída dos caminhões. No interior, estamos vendo um jeito de apoiar as prefeituras com abastecimento das ambulâncias e dos carros dos médicos, para eles se deslocarem”, acrescentou Pezão, informando ainda que não dará ponto facultativo amanhã e que todas as empresas de transporte estão sendo abastecidas.

Durante a entrevista Braga Netto negou que esteja faltando pulso firme às Forças Armadas e ao governo do estado na negociação com os grevistas. No piquete da Reduc, por exemplo, os grevistas dizem que só vão deixar sair carretas se os motoristas mostrarem as notas fiscais, pois vão permitir a saída de combustível apenas para órgãos públicos e não para postos. “O princípio básico nosso é a negociação. A força será usada gradativamente. Mas isso [dos manifestantes pedirem nota fiscal ao Exército] nunca vai acontecer. Você acha que ele vai conseguir parar um caminhão do Exército ou uma tropa nossa para exigir nota fiscal? Isto está fora de cogitação. Só usaremos a força necessária. As Forças Armadas, quando chegam, negociam para que o pessoal não nos obrigue a usar força. Negociação política não cabe às Forças Armadas”, concluiu o general.

(Com a Agência Brasil)

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