Terceirização da gestão das unidades de atendimento médico não teria melhorado os serviços, reclamam por lá
● Elizeu Pires
Nos últimos a Prefeitura de Paracambi gastou cerca de R$ 218 milhões com a gestão privatizada das unidades de saúde, isso considerando apenas os pagamentos feitos a uma organização social, uma empresa de alocação de mão de obra e a uma cooperativa, inclusive homologando contratos sem licitação.
Os gastos totalizam exatamente R$ 217.802.427,49 – soma dos valores transferidos para a OS Hospital Mahatma Gandhi, a empresa Carvalho e Scipion Soluções em Serviços Médicos, e a Renascer Cooperativa de Trabalho (Renacoop) -, mas, a julgar pelas reclamações de usuários da rede municipal, isso não seria garantia de um atendimento melhor.
Conforme foi revelado na matéria Paracambi: Falta de transparência nos gastos da Saúde aumenta com contratação de mais uma OS por cerca de R$ 50 milhões, depois de firmar dois contratos sem licitação no ano passado, a Secretaria Municipal de Saúde contratou em janeiro o Instituto Jurídico para Efetivação da Cidadania e Saúde (Avante Social), por R$ 49.065.387,65, para “planejamento, gerenciamento e execução das atividades e serviços de saúde nas unidades vinculadas à Secretaria Municipal de Saúde”.
As duas dispensas de licitação anteriores foram feitas em favor da empresa Carvalho e Scipion Soluções em Serviços Médicos (R$ 14.382.131,40) e da Renascer Cooperativa de Trabalho (Renacoop), contratadas pelo prazo de seis meses.
De acordo com registros oficiais, quem mais faturou na atual gestão em Paracambi foi a Renacoop, um total de quase R$ 170 milhões, exatamente R$ 169.178.198,40, pagos entre 2017 e janeiro de 2024. Depois vem a OS Hospital Mahatma Gandhi, com R$ 37.278.368,05, e a empresa Carvalho e Scipion Soluções em Serviços Médico, que recebeu de julho de 2023 a até janeiro R$ 11.345.860,96.
O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Paracambi e das instituições citadas na matéria
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