● Elizeu Pires
Contratada pela Prefeitura de Queimados por R$ 4.880 milhões para “prestação de serviço da operação integrada, manutenção corretiva e preventiva atualização cadastral, ampliação, reforma, melhorias e eficientização da iluminação pública do município”, a empresa Citeluz Serviços de Iluminação Urbana, está apelando para Deus e o mundo para ter seus direitos assegurados e receber o que a gestão do prefeito Glauco Kaizer lhe deve. É que a empresa – cujo contrato vigora até dezembro deste ano – foi substituída na marra pela Prefeitura, que em vez de cumprir com seus deveres, optou por tirar a Citeluz e pagar bem mais caro via novo contrato.
Conforme já foi revelado na matéria Queimados: Tribunal de Contas e Câmara de Vereadores apuram supostas irregularidades em contrato de mais de R$ 40 milhões, a suspeita é de a Prefeitura tenha atrasado os pagamentos para deixar a Citeluz em dificuldades e substituí-la, o que fez sem licitação, optando por aderir uma ata de registro de preços do Consórcio Público Prodnorte, integrado por municípios do Norte do estado do Espírito Santo, com valor global de R$ 43.758.349,80, quase dez vezes o valor inicial do contrato com a Citeluz, autorizado em favor do Consórcio IP Solar, formado pelas empresas Dant Eletricidade e CGM Manutenção Elétrica, embora o objeto contratado seja praticamente o mesmo.
A dívida acumulada pela Prefeitura com a empresa é de cerca de R$ 1,7 milhão, valor que deverá ser cobrado na Justiça, onde também deverá ir parar as denúncias de supostas irregularidades na contratação, sem licitação, do Consórcio IP Solar, que já está sendo apurada pelo Tribunal de Contas do Estado e por uma comissão de inquérito instalada pela Câmara de Vereadores.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria