
No dia 29 de novembro do ano passado, diante da matéria Licitação do lixo continua “dormindo” na gaveta em Itatiaia, o prefeito Eduardo Guedes da Silva, o Dudu (foto), teria rido antes de dizer que já tinham sido cumpridas as exigências do Tribunal de Contas do Estado e que o edital da concorrência seria publicado imediatamente, mas até ontem (28), não havia sido disponibilizado nenhum aviso de licitação para o serviço de coleta de lixo. Diante disso quem deve estar rindo, e muito, são os controladores da Rio Zim Ambiental, empesa que vai continuar faturando no município sem precisar vencer um processo licitatório. Em 2018, por exemplo, a empresa – sucessora da Locanty e da Própria Ambiental na cidade, firmas de um mesmo núcleo familiar –, recebeu 24 transferências no total de R$ 6,4 milhões…
Além de não ter disponibilizado ainda aviso ou edital de licitação para coleta de lixo, a Prefeitura também não mostra o contrato firmado com a empresa, o que impossibilita saber quanto o município vem pagando por cada tonelada de lixo recolhido na cidade, quantos equipamentos são usados e o número de trabalhadores envolvidos no serviço.
A Prefeitura chegou marcar a licitação do lixo para agosto do ano passado, mas o processo foi suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado, que apontou irregularidades no edital e determinou que fossem feitas as devidas correções. Não se sabe se isso já foi realmente feito, pois ainda não foi tornada pública nenhuma informação oficial nesse sentido.
O fato é que os erros no edital foram apontados há um ano e cinco meses, tempo mais do que suficiente para que fossem corrigidos e a licitação realizada.
E Câmara, para que serve? – No dia 21 de maio do ano passado, na matéria Tudo junto e misturado em Itatiaia, o elizeupires.com chamava a atenção relembrado o fato ocorrido em 2014, quando o então presidente da Câmara de Vereadores e hoje prefeito prometera apurar denúncias de tráfico de influência, falsidade ideológica e fraude em licitações feitas em relação a um contrato para o serviço de limpeza urbana firmado na gestão do prefeito Luis Carlos Ypê, com a empresa KM de Resende. Dudu não só não apurou nada como decidiu manter em sua gestão pessoas citadas no caso.
A empresa hoje é outra, mas a omissão é a mesma: até agora a Câmara de Vereadores não se manifestou para saber por que a Prefeitura está demorando tanto para concluir o processo licitatório do lixo anunciado em 2017.