● Elizeu Pires
Encabeçada pelo futuro procurador geral do município, Renato Vasconcellos, a equipe de transição de governo deve começar a trabalhar esta semana em Rio das Ostras. Se o prefeito Marcelino da Farmácia – que apoiou o candidato derrotado Maurício Braga Mesquita, o BM – vai colaborar ainda não se sabe, mas uma coisa é certa: a herança não deverá ser nada boa, pois só com a previdência própria dos servidores, segundo as estimativas, a dívida a ser assumida pela nova gestão é de cerca de R$ 40 milhões.
Formada por técnicos, a equipe de transição vai se debruçar, principalmente, sobre o contrato firmado pelo prefeito Marcelino da Farmácia com a empresa Rio Mais Saneamento, que praticamente desmontou uma parceria público privada firmada há quase 20 anos e garantiu ao município investimentos de cerca de R$ 1 bilhão em saneamento, Em troca de um cheque de R$ 40 milhões, uma ninharia em relação ao tamanho do negócio repassado à concessionária, firmou-se um contrato que permite que a Rio Mais cobre o que bem entender da população pelos serviços de água e esgoto,
A Rio Mais que nada tinha a ver com o município até a assinatura do contrato, assumiu os serviços em algumas cidades do estado do Rio de Janeiro com a compra de lotes da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae), que por sua vez nunca investiu em Rio das Ostras, e presta péssimos serviços, segundo reclamam moradores da cidade.
Na hora de firmar o contrato com a nova concessionária, a gestão que estará se encerrando no dia 31 de dezembro, não levou em conta que todo o investimento em saneamento no município foi feito a partir da parceria público-privada e agora, praticamente de graça, a Rio Mais passou a operar a estrutura da BRK Saneamento, que fora montada com investimentos elevados garantidos pela tal parceria.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria