Governador visitará o Hospital da Posse nesta sexta-feira, mas será que vai anunciar a liberação dos repasses em atraso?

Está confirmada para amanhã (29), a visita do governador Wilson Witzel ao Hospital Geral de Nova Iguaçu, o Hospital da Posse, que há anos vem operado com pacientes demais e recursos de menos. Ele deverá chegar por volta das 10h e, se vier mesmo, vai deparar com um hospital sobrecarregado e de caixa vazio, com problemas acumulados pelo descaso com que o governo estadual vem tratando o HGNI ao longo dos anos, atrasando repasses que deveriam ser regulares e em volume suficiente para atender moradores de pelo menos mais 14 municípios além de Nova Iguaçu, cujas prefeituras não colaboram com nada. O Hospital da Posse precisa, segundo seu diretor, de R$ 19 milhões mensais para funcionar a contento, mas está operando com pouco mais da metade disto.

Apesar do nome o HGNI e de estar localizado na cidade, não é de Nova Iguaçu. É um hospital federal transferido pela Prefeitura, que já ameaçou devolvê-lo várias vezes. Além de não pegar a unidade geral de volta, a União não aumenta os repasses, e o governo estadual não tem pontualidade nas transferências dos poucos recursos que liberava de vez em quando.

Desde que assumiu o governo – em janeiro de 2017 – que o prefeito Rogério Lisboa vem batendo às portas dos governos federal e estadual em busca do aumento de repasses, pois o hospital é regional, mas a responsabilidade é do município, que tem de tirar dos recursos próprios e do pouco que vem para à rede própria, para cobrir gastos que deveriam ser assumidos integralmente pela União e o Estado ou pelo menos rateado entre os municípios que usam Hospital da Posse para desafogar suas unidades.

O repasse federal é de apenas R$ 8,4 milhões, verba que também é usada na Maternidade Mariana Bulhões, a única unidade de risco da Baixada Fluminense. A dezembro do ano passado o débito do governo estadual era de R$ 50 milhões, soma de retenções das transferências pela gestão anterior.

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