Advogada carioca aborda em livro como a mediação pode transformar os divórcios de casais com filhos

Heloise: “O divórcio não é o término da responsabilidade conjunta na criação dos filhos” – Foto: Reprodução.

Uma das referências no país em mediação judicial e defensora do diálogo intermediado por uma pessoa de fora da relação como a melhor solução para interromper confrontos e alcançar entendimentos positivos, a advogada carioca Heloise Armada está prestes a lançar o livro “Mediação familiar transformando divórcios de casais com filhos”.

É uma obra voltada não só para quem se interessa por Direito da Família ou atua na área, como para quem viveu a dor da separação dos pais. Filha de pais separados, a autora explica que o livro é fruto de sua tese de Mestrado em Resolução de Conflitos e Mediação na Universidad Internacional Iberoamericana, em Porto Rico, e na Universidad Europea del Atlántico, na Espanha.

Mais de 20 anos de atuação – Com mais de duas décadas de atuação na área do Direito, Heloise Armada lembra que a dissolução do casamento é um evento complexo, que pode ter consequências significativas para todas as partes envolvidas.  Em seu livro, ela mostra que o divórcio pode trazer à tona sentimentos de tristeza, raiva, medo e ansiedade nas crianças, assim como mudanças em suas relações familiares. O fim de uma relação conjugal não significa, contudo, o término da responsabilidade conjunta na criação dos filhos.

“Manter o diálogo aberto e respeitoso entre os pais, evitar conflitos na frente dos filhos e garantir que ambos estejam presentes em momentos importantes da vida das crianças são passos essenciais para construir uma parentalidade eficaz e amorosa, mesmo após o término da conjugalidade”, comenta a advogada e mediadora.

Diante deste contexto, a obra aborda como a mediação facilita a comunicação entre os ex-cônjuges e cria um ambiente que favorece o diálogo, a colaboração e a busca pelo consenso, principalmente quando há filhos envolvidos no processo.

Ela explica que a mediação é uma forma de resolução de conflitos que conta com a participação de um terceiro imparcial, o mediador, para ajudar as partes a chegarem a um acordo. Em um processo litigioso, os ex-cônjuges podem estar focados apenas em vencer a disputa e não em encontrar soluções equilibradas e justas. O mediador, ao facilitar o diálogo, tem possibilidade de encontrar soluções criativas e alternativas que atendam aos interesses de ambas as partes, sem a necessidade de uma decisão imposta por um juiz.

“O mediador cria uma atmosfera de respeito e colaboração. Ao ouvir ativamente os envolvidos e reformular as preocupações apontadas por ambos, ele ajuda a esclarecer pontos que podem ser mal interpretados ou mal comunicados, abrindo caminho para uma maior compreensão mútua”, conclui Heloise Armada.

Formada em Direito e Letras, com especializações em Direito Tributário, Direito de Empresas, Governança Corporativa, Compliance e Gestão de Riscos, já atuou como chefe de gabinete parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) e Assessora Especial para Assuntos Estratégicos e Coordenadora Jurídica na Fundação Cidade das Artes. Sócia de um escritório de Advocacia, se destaca em áreas relacionadas à mediação de conflitos, governança corporativa e direitos das mulheres, já tendo realizado palestras em conferências e cursos de renome nacional e internacional, como a Brazil Conference at Harvard & MIT, e em eventos do Instituto Brasileiro de Direito de Família.

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