● Elizeu Pires
Com quatro contratos com a Prefeitura de Magé desde 2021 [três deles assinados via Secretaria Municipal de Saúde], a empresa Ágabo Comércio e Serviços, responsável pela reforma do prédio no qual deveria estar funcionando a tão propagada maternidade pública, já recebeu R$ 52,5 milhões dos cofres da municipalidade. Pelos contratos a empresa teve empenhada a seu favor a soma de R$ 81,3 milhões. Desse total foram estornados R$ 17 milhões, ficando o valor real de R$ 64,2 milhões.
Pelo menos é o que consta no sistema que registra as despesas pagas a fornecedores e prestadores de serviços pela administração municipal. Os dados apontam que dos R$ 64,2 milhões de empenho real foi liquidado o total de R$ 57,9 milhões.
De acordo com os registros, a empresa recebeu valores reais que chegam a R$ 52,5 milhões. Foram R$ 4.583.142,46 em 2022; R$ 21.499.893,42 no ano seguinte; R$ 23.508.045,05 no ano passado; e R$ 3.004.299,70 em fevereiro de 2025.
Aumento de valores e extensão de prazo – O primeiro contrato da Agabo é o de número 151, datado de 23 de dezembro de 2021, que tinha como objeto a reforma do Hospital de Magé, que teve o valor fixado inicialmente em R$ 7.677.322,25, com prazo de 240 dias para conclusão das obras.
Esse contrato foi turbinado duas vezes, e teve o prazo estendido para 840 dias. O valor global foi aumentado na primeira vez para R$ 10.055.495,44 e depois elevado a R$ 11.121.888,78.
O segundo contrato teve o valo fixado em R$ 4.569.579,69 e como objeto a reforma do Posto 24 horas de Fragoso. Foi firmado em 3 de outubro de 2022, ano em que a empresa ganhou mais dois contratos: o 492, para construção de um centro de treinamento, obra orçada inicialmente em R$ 19.067.784,36, que teve o prazo de execução estendido; e o contrato da reforma do prédio da Casa de Saúde Nossa Senhora da Piedade, que, conforme já foi revelado, começou com R$ 21,6 milhões e a empresa já recebeu mais de R$ 20 milhões por ele.
*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Magé
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