Denunciado pelo MP em ação de improbidade administrativa, André Português preside a autarquia de turismo do município
● Elizeu Pires

Quatro meses antes de deixar o governo, o então prefeito André Pinto de Afonseca, o André Português (foto), criou uma autarquia municipal de turismo, a Miguel Pereira TUR, dotada de autonomia administrativa, financeira, contábil, técnica e funcional, tendo como objetivos “planejamento e a execução das atividades vinculadas direta ou indiretamente ao turismo, à cultura e ao fomento do desenvolvimento econômico do município, inclusive parcerias público-privadas e concessões”.
O que não se imaginava em agosto de 2024, quando a Câmara de Vereadores aprovou a criação do órgão, é que André estava garantindo um excelente emprego e conquistando o direito de viajar à custas dos cofres públicos.
Passados cinco meses desde a implantação de fato da autarquia, não se sabe ainda o que a Miguel Pereira Tur já deu de resultados positivos ao município, mas despesas, com certeza, o órgão está dando, principalmente com as viagens do ex-prefeito, que tem passagens e diárias custeadas pelos contribuintes.
De acordo com registros do Portal da Transparência do município, as idas vindas de André Português já custaram mais de R$ 150 mil aos cofres públicos. No início de maio, por exemplo, ele este em Dubai. Foi aos Emirados Árabes Unidos, segundo apresentou como justificativa para os gastos feitos, buscar parcerias para fomentar o desenvolvimento turístico.
Segundo os registros do Portal, só em diárias as viagens de André Português – que como presidente da autarquia tem salário bruto de R$ 20.522,79 – somaram R$ 60.479,37, e os gastos com passagens chegaram a R$ 98 mil até agora.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria
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