● Elizeu Pires

A terceirização de mão de obra com as prefeituras contratando postos de trabalho junto à empresas prestadoras de serviços, cooperativas ou organizações sociais, é um negócio que cresceu muito país a fora nos últimos 20 anos, mas a coisa nem sempre é boa para o trabalhador alocado que teve a má sorte de ser dispensado no fim dos contrato sem receber seus direitos trabalhistas, sem contar os atrasos no pagamento dos salários.

No município de Saquarema, por exemplo, uma empresa que foi contratada em 2021 e vem tendo o contrato renovado através de termos aditivos, já recebeu, desde então, R$ 77.229,626,42 dos cofres públicos, mesmo tendo contra si mais de 190 reclamações trabalhistas em 65 varas da Justiça do Trabalho, segundo revela certidão emitida na manhã de ontem (6/10).

Pelo que está nos sistema que registra as despesas empenhadas e pagas pela Prefeitura, pela “prestação de serviços de limpeza em ambiente escolar do ensino fundamental do município de Saquarema” da empresa LG Serviços Combinados, já recebeu, este ano, valores que somam R$ 13.944.869,01.

No ano passado, aponta o sistema, os pagamentos chegaram a R$ 22.076.650,67, e foram pagos à empresa R$ 17.691.104,19 em 2023, R$ 17.172.265,33 em 2022 e R$ 6.344.737,22 em 2021.

Pelo que consta, as reclamações trabalhistas tramitam em sete varas de Duque de Caxias, em 55 no Rio de Janeiro, 11 em Araruama e 14 em duas varas de Itaboraí.

*O espaço está aberto para manifestação para os citados na matéria