Esperada para a sessão de ontem (3), a votação de um pedido de suplementação orçamentária no total de R$ 6 milhões para a Secretaria de Saúde não aconteceu, mas o secretário Rafael Alves de Freitas foi duramente criticado. Ele já tinha ouvido poucas e boas de um grupo de vereadores numa reunião que ocorreu no gabinete do prefeito Cesar Melo, na qual o clima esquentou e o caldo só não teria entornado por causa da “turma-do-deixa-disso”. Para alguns vereadores que defendem a exoneração de Rafael, “o problema da saúde de Japeri é de gestão e não de falta de dinheiro”.
Os vereadores ficaram revoltadas com o secretário por conta de um vídeo divulgado nas redes sociais. Eles interpretam que houve uma transferência de responsabilidade para a Câmara. Ontem, o que se comentava nos corredores do poder local é que o secretário estaria preocupado com o possível retorno do prefeito Carlos Moraes Costa – afastado há um ano e quatro meses – ao cargo e estaria criando uma situação para antecipar sua saída, pois saberia que seria o primeiro a ser demitido se Moraes reassumir a Prefeitura.
Amigo pessoal do prefeito interino, Rafael chegou à Prefeitura como secretário de Governo e logo depois assumiu a Secretaria de Saúde. Ele é visto como uma espécie de super secretário, assim como seu sucessor na Secretaria de Governo, Rodrigo Meloo, que, segundo as apostas, seria o segundo a perder no cargo numa eventual volta de Carlos Moraes.
Além de a Câmara não ter votado ontem o pedido de suplementação, tem vereador defendendo uma devassa nas contas da Secretaria de Saúde, com um pente fino nos processos licitatórios, contratos e pagamentos feitos por fornecimentos e prestação de serviços ao setor.
O espaço está aberto para manifestação da administração municipal.
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