Mesmo com mais dinheiro que cidade com o sêxtuplo de moradores, Itatiaia deixa a desejar e ainda apela por empréstimo

Itatiaia, cidade do Sul do estado do Rio de Janeiro, tem, de acordo com o IBGE, cerca de 32 mil moradores, um universo populacional seis vezes menor que a população de Mesquita, na Baixada Fluminense, que, proporcionalmente, arrecada bem menos. Comparando os orçamentos dos dois municípios com os respectivos números de habitantes, Itatiaia é a cidade rica, Mesquita a pobrezinha. Só que quem está apelando por empréstimo é o prefeito Eduardo Guedes, o Dudu (foto), e não Jorge Miranda.

Eduardo, cuja gestão é muito criticada por moradores, comerciantes e lideranças comunitárias, vai administrar – segundo o Portal da Transparência de seu município – uma receita estimada em aproximadamente R$ 295 milhões, o equivalente a R$ 9.211,96 por itatiaiense. Jorge Miranda, que precisa de cuidar de cerca de 200 mil pessoas, vai trabalhar com uma receita de R$ 352,9 milhões, R$ 1.764,50 por cada mesquitense. Enquanto em Itatiaia os moradores  reclamam do atendimento precário e da falta de medicamentos na rede de saúde, Mesquita vai se aproximando dos 100% na cobertura na atenção básica. Tem mais: as obras acontecem e a cidade mais jovem da Baixada Fluminense vai mudando de cara e de jeito de ser.

Mesmo com mais dinheiro por morador e uma população cinco vezes menor para cuidar, o prefeito Eduardo Guedes, apesar de estar no último ano de mandato, segundo reclamam os pagadores de impostos de Itatiaia, ainda não mostrou a que veio, e resolveu pegar uma empréstimo junto ao Banco do Brasil para realizar obras.

A autorização solicitação de autorização feita à Câmara de Vereadores através do vereadores o Projeto de Lei 490/2020, é para um empréstimo de R$ 30 milhões, o que vem a calhar em ano eleitoral. O pedido foi colocado em votação de surpresa no último dia 10 pelo presidente da Casa, o vereador Jair Balbino, o Jair Porquinho, que em novembro do ano passado teve os bens bloqueados pela Justiça em ação de improbidade administrativa movida contra ele pela 1ª Promotoria de Justiça de Tutela coletiva (núcleo de Resende).

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