● Elizeu Pires
Na última segunda-feira (13), o prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis e seu irmão, o deputado estadual Rosenverg Reis, ambos do MDB, posaram para foto ao lado do ex-presidente da República, Michel Temer. Divulgou-se que a visita, segundo WR, foi para parabenizar Temer pela intervenção feita por ele na semana passada para “unir os poderes e pacificar o país”, mas a razão do encontro, entretanto, segundo se comenta nos ambientes políticos da Baixada Fluminense, seria outra.
O que ecoa pelos corredores do poder na região é que o prefeito teria ido beijar a mão de Temer e tentar uma intervenção a seu favor – se isso realmente for possível e republicano -, uma vez que Washington tem uma condenação a sete anos de prisão confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e um recurso seu, chamado de embargo dos embargos, está para ser julgado amanhã (17).
Conforme já foi revelado, o prefeito de Duque de Caxias foi condenado por crime ambiental em 13 de dezembro de 2016, mas desde então a execução de uma sentença a sete anos e dois meses de prisão em regime semiaberto vem sendo adiada por uma série de recursos. No dia 16 de março deste ano o STF confirmou a condenação, rejeitando os embargos de declaração, mas novas argumentações foram apresentadas pela defesa de Reis, restando agora a carta final.
O recurso que vai ser julgado agora foi impetrado no dia 25 de maio, foi nominado de “embargo dos embargos” e, de acordo com alguns operadores do Direito, é “mera procrastinação”.
“Isso é o que pode ser chamado de embargado do embargo. Não há efeito prático porque não muda a coisa julgada, não altera o resultado em nada. O máximo que ele pode conseguir é retardar a execução da sentença, ganhando tempo para encerrar o mandato, mas o próprio relator do processo pode atentar para a tentativa de procrastinação e rejeitar a manobra”, disse por ocasião do ajuizamento do “embargo dos embargos” um advogado que acompanha há mais de quatro anos.
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