Eleição interna da Câmara de Miguel Pereira foi parar na Justiça

O prefeito da cidade resolveu se meter na disputa para manter o atual presidente da Casa

● Elizeu Pires

A intromissão do prefeito Miguel Pereira, pequena cidade do centro-sul do estado Rio de Janeiro, André Pinto de Afonseca, o André Português, em assunto interno da Câmara Municipal foi parar na Justiça. É que Português resolveu jogar pesado para manter um parceiro seu no comando da Casa, o presidente de Eduardo Paulo Corrêa, mais conhecido como Domi (foto), até 31 de dezembro de 2024.

A eleição da composição da mesa diretora para o biênio 2023-24 tinha sido antecipada para quinta-feira (16), mas, ao perceber que seis dos 11 membros da Casa decidiram lançar uma chapa para alternar o comando do Legislativo, Português arrumou um jeito de ajudar o amigo. Fechou o prédio da sede do Governo – onde há um anexo no qual a Câmara funciona –, impedindo que a sessão acontecesse.

Segundo uma fonte ligada ao governo, o prefeito fez várias exonerações para pressionar o já chamado de “Grupo dos Seis” a mudar de ideia e apoiar a permanência de Domi, mas a pressão da caneta não funcionou. “O grupo resolveu ir à Justiça e conseguiu uma liminar para que a sessão ocorra na próxima segunda-feira (20), mas como o grupo do prefeito não tem mais interesse em antecipar a votação porque se acontecer o atual presidente perde, creio que isso ainda vai dar o que falar”, disse a fonte.

Até o final da tarde de ontem o do grupo do atual presidente não havia se pronunciado sobre o assunto. Outra outra fonte ligada ao governo revelou que oficialmente ninguém havia tomado conhecimento da existência de uma liminar.

*O espaço está aberto para manifestação do prefeito de Miguel Pereira.

Arquivos relacionados:

Na marra não, prefeito

Prefeito de Miguel Pereira quer ser peixe grande no mar eleitoral mesmo nadando no que pode ser visto como um simples aquário

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.